27 de agosto de 2024
Cidades

Novo presidente da Fecomércio priorizará fortalecimento de sindicatos

Novo presidente da Fecomércio, Marcelo Baiochi. (Foto: Diário de Goiás)
Novo presidente da Fecomércio, Marcelo Baiochi. (Foto: Diário de Goiás)

O novo presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, afirmou que entre suas promessas de campanha está o fortalecimento das entidades sindicais. De acordo com Baiocchi, os sindicatos necessitam de representatividade neste momento que estão em baixa.

“Eu diria que o nosso compromisso, como nós temos representação em 29 sindicatos que representam os segmentos que estão dentro da sua base, foi de fortalecer os sindicatos. Estamos em um momento em que a contribuição sindical foi extinta, não é mais obrigatória, em que os sindicatos perderam receitas e mantêm as despesas, em que os sindicatos estão precisando repensar. Então, nosso maior compromisso é ajudar os sindicatos a criarem um momento e um espaço de representatividade maior, prestar serviços para justificarem uma receita e assim voltar a criar um novo modelo de sindicalismo, de resultados. Porque eu não canso de repetir: R$ 1 para uma entidade de classe que não colabora com nada é caro, R$ 1 mil para uma entidade de classe que paga, que devolve em serviços, em representatividade, é barato”, afirmou.

Em entrevista ao Diário de Goiás nesta terça-feira (15), o presidente destacou que apesar de a eleição acirrada ter dividido as entidades que integram a Fecomércio, o próximo passo é garantir a manutenção da união.

“Tivemos 15 votos, a chapa que José Carlos encabeçou teve 14 votos e nós obtivemos a vitória, apertada por um voto, mas em final de Campeonato Brasileiro gol aos 47 minutos faz campeão também. […] Quando a gente sai desse processo eleitoral onde tem 15 de um lado e 14 de outro, houve uma divisão para chegar até o dia da eleição. Mas, passada a eleição, os sindicatos necessitam estar unidos. Então, nosso trabalho agora é voltar a unidade, a gente conseguir que os 29 sindicatos trabalhem para a Federação e para o objetivo maior que é o comércio de bens, serviços e turismo, e que nós esqueçamos o processo”, disse.

Programação

Apesar de ainda não ter sido marcada a data de transferência do cargo de presidente da Federação, Marcelo Baiocchi espera que a posse ocorra por volta do dia 15 de junho. Até lá, a chapa vencedora da recente eleição deverá se inteirar das questões administrativas.

“Nossa programação, que iniciou-se esta semana, é a aproximação com a atual gestão, que é do presidente José Evaristo. […] Podemos também já começar a conhecer a instituição por dentro. Porque até então, apesar de primeiro vice-presidente, a gente não tem conhecimento da estrutura da entidade, o número de funcionários, e a Federação do Comércio se estende ao Sesc/Senac. Nosso estatuto diz que o presidente da Federação é o presidente do Sesc/Senac, que é onde tem quatro mil funcionários e centenas de milhares de serviços prestados ao longo de um ano para os comerciários. Então, é preciso conhecer essas instituições melhor para começarmos a desenhar a nossa gestão, aproveitar toda a estrutura que a entidade tem, toda a representação e começarmos a prestar melhores e mais serviços”.

Questionado se a sua eleição representa uma renovação à frente da Fecomércio, o presidente concordou. Baiocchi também comentou que o novo estatuto da Federação permite apenas uma reeleição, diferente do que ocorreu nas últimas vezes em que o último presidente ficou 16 anos no poder e o antecessor, 22 anos.

“Nós somos renovação mesmo estando na atual diretoria como primeiro vice sob o aspecto de que nosso grupo, que agora chega, é um grupo que nunca esteve no comando. O grupo que nos opôs, que também candidatou, era o grupo que representava a atual gestão, que está lá, o presidente o Evaristo, com toda legitimidade, há 16 anos e sucedeu o ministro Elias, que para mim foi o maior presidente que a Federação já teve, que esteve lá por 22 anos. Então, nós estamos renovando sob esse aspecto, apesar de ter 22 anos de sindicalismo, 22 anos naquela casa, nós estamos vindo com propostas novas, com novo grupo para podermos fazer algo a mais e melhor. Para fazer do mesmo a gente não precisava disputar a eleição. […] O mandato é de quatro anos e posso ficar oito anos, mas como nem tomei posse não posso afirmar se vou ficar só os quatro ou os oito. Mas entendo que a renovação em entidade de classe é necessária”, concluiu. 

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Veja entrevista:

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Leia a entrevista na íntegra:

– A eleição foi muito acirrada. Teve alguma compensação?

Não. O colégio eleitoral são 29 sindicatos que votam. Cheguei até a eleição, no dia da eleição, com um documento assinado por 17 sindicatos. Compunham nossa chapa 15 sindicatos e compunham a chapa do José Carlos 12 sindicatos. Dois não estavam nas chapas. Nós fomos para a eleição com essa expectativa, de ter de 15 a 17 votos, porque tinha esses dois votos flutuantes, e ao final confirmaram os votos. Tivemos 15 votos, a chapa que José Carlos encabeçou teve 14 votos e nós obtivemos a vitória, apertada por um voto, mas em final de Campeonato Brasileiro gol aos 47 minutos faz campeão também.

– Há tempos a Fecomércio não tinha uma disputa assim. Isso fortalece ou cria uma entidade, neste momento, dividida?

Sem dúvidas, quando a gente sai desse processo eleitoral onde tem 15 de um lado e 14 de outro, houve uma divisão para chegar até o dia da eleição. Mas, passada a eleição, os sindicatos necessitam estar unidos. Então, nosso trabalho agora é voltar a unidade, a gente conseguir que os 29 sindicatos trabalhem para a Federação e para o objetivo maior que é o comércio de bens, serviços e turismo, e que nós esqueçamos o processo. É ruim ter eleição sob esse aspecto, mas é muito positivo porque cria reponsabilidades, cria necessidades de um trabalho redobrado. Já dizia o poeta que a unanimidade é burra, então quando há uma disputa é inteligente. E gerou em nós toda essa obrigação de unir e caminharmos juntos para o bem maior que são os segmentos que nós representamos.

– Quais foram suas promessas durante a campanha?

Eu diria que o nosso compromisso, como nós temos representação em 29 sindicatos que representam os segmentos que estão dentro da sua base, foi de fortalecer os sindicatos. Estamos em um momento em que a contribuição sindical foi extinta, não é mais obrigatória. Estamos em um momento em que os sindicatos perderam receitas e mantêm as despesas. Estamos em um momento em que os sindicatos estão precisando repensar. Então, nosso maior compromisso é ajudar os sindicatos a criarem um momento e um espaço de representatividade maior, prestar serviços para justificarem uma receita e assim voltar a criar um novo modelo de sindicalismo, de resultados. Porque eu não canso de repetir: R$ 1 para uma entidade de classe que não colabora com nada é caro, R$ 1 mil para uma entidade de classe que paga, que devolve em serviços, em representatividade, é barato.

– Qual será a programação da chapa eleita até a data da posse?

Nossa programação, que iniciou-se esta semana, é a aproximação com a atual gestão, que é do presidente José Evaristo. Nós queremos poder agendar com ele a data da posse e deve ser entre os dias 15 ou 18 de junho e podemos também já começar a conhecer a instituição por dentro. Porque até então, apesar de primeiro vice-presidente, a gente não tem conhecimento da estrutura da entidade, o número de funcionários, e a Federação do Comércio se estende ao Sesc/Senac. Nosso estatuto diz que o presidente da Federação é o presidente do Sesc/Senac, que é onde tem quatro mil funcionários e centenas de milhares de serviços prestados ao longo de um ano para os comerciários. Então, é preciso conhecer essas instituições melhor para começarmos a desenhar a nossa gestão, aproveitar toda a estrutura que a entidade tem, toda a representação e começarmos a prestar melhores e mais serviços.

– A sua eleição é uma renovação na Fecomércio?

É, nós somos renovação mesmo estando na atual diretoria como primeiro vice sob o aspecto de que nosso grupo, que agora chega, é um grupo que nunca esteve no comando. O grupo que nos opôs, que também candidatou, era o grupo que representava a atual gestão, que está lá, o presidente o Evaristo, com toda legitimidade, há 16 anos e sucedeu o ministro Elias, que para mim foi o maior presidente que a Federação já teve, que esteve lá por 22 anos. Então, nós estamos renovando sob esse aspecto, apesar de ter 22 anos de sindicalismo, 22 anos naquela casa, nós estamos vindo com propostas novas, com novo grupo para podermos fazer algo a mais e melhor. Para fazer do mesmo a gente não precisava disputar a eleição.

– O senhor então ficará 12 anos?

Não, nosso estatuto já foi reformado, inclusive pelo presidente Evaristo, onde ele limitou a uma reeleição. O mandato é de quatro anos e posso ficar oito anos, mas como nem tomei posse não posso afirmar se vou ficar só os quatro ou os oito. Mas entendo que a renovação em entidade de classe é necessária. O Secovi, que é o sindicato que eu presidi, foi um dos primeiros sindicatos a limitar a reeleição. Isso é salutar.

– É importante a Fecomércio dar o exemplo, se considerarmos as eleições político eleitorais deste ano.

Sem dúvida. Quando a gente vai para protestos, para movimentos, quando a gente reclama do meio político, a gente tem que dar nosso exemplo, de casa, e um dos bons exemplos é a renovação, é o limite de eleição, e a Federação do Comércio tem. Então só parabenizo o Evaristo por ter implementado essa restrição de reeleição e entendo que é salutar essa renovação.

– Qual é o peso político da Fecomércio hoje?

A Federação do Comércio, ao representar a área de serviço, turismo e comércio, representa dos pequenos negócios praticamente 90% e representa uma boa parcela da arrecadação do Estado de Goiás em ICMS, e somos um dos mais tributados pelo Estado, porque as indústrias têm muito incentivo para poder se instalar, para poder crescer, e o comércio, praticamente como é feito, em sua grande maioria, de pequenos negócios, não tem essa força de negociação individualmente e a Federação acaba sendo o elo ou a força de coletivamente podermos reivindicar um melhor ambiente de trabalho, seja na questão tributária, na legislação, na questão de segurança pública. Então, a Federação do Comércio, a importância dela dentro do contexto econômico e político dentro do Estado de Goiás, eu diria que junto com as outras Federações que compõem o Fórum Empresarial, é um dos elos dessa corrente de interlocução aos diversos níveis de poder público que tem dentro do nosso estado. São elas: Fecomércio, Fieg, Faeg, FCDL, Facieg e a própria Acieg. 100% do PIB está dentro do Fórum Empresarial.

– Quando tomará posse?

Deve ser em 15 de julho, mas ainda não agendamos essa data. Muito provavelmente numa sexta-feira.

– A perspectiva do setor empresarial é da melhora do ambiente econômico, da estabilidade?

O que estamos passando neste momento é um momento em que a economia do país conseguiu ser estabilizada muito pela determinação do presidente Michel Temer e pela equipe econômica instalada no governo federal, da competência das pessoas que ocuparam os cargos do Ministério da Fazenda, Banco Central e toda sua equipe. Então, nós vimos a taxa Selic abaixar a 6,5%, a inflação reduzindo, estava dois dígitos, e chegando a 2%, 3% ao ano. Então, são todos fatores de indicativos positivos. Nós só não conseguimos romper ainda o desemprego, que veio abaixando e voltou a crescer de novo, e o crescimento do país. Isso se dá por causa do momento político, porque ontem mesmo foi divulgada uma pesquisa de uma Confederação onde mostra alguns candidatos que podem trazer instabilidade econômica, que recentemente fez essa bagunça toda em nosso país, e com chances de ser eleito mesmo estando preso. Então, deixa o empresário de forma a aguardar o cenário para poder voltar a investir no país.

– O dólar foi a R$ 3,62 por causa da pesquisa

Por causa da pesquisa, por causa do contexto mundial e argentino, tudo está influenciando a nossa moeda. Mas o que o empresário faz neste momento? Ele aguarda. Então, sem dúvida, as eleições presidenciais vão dar o tom da economia no país para o ano que vem, e nós só temos que conscientizar cada vez mais, como formadores de opinião, conscientizar o eleitor de que temos que votar no Brasil.

– Quando o senhor diz que há candidatos que trazem instabilidade, mas citou Lula sem dizer o nome. Quais outros candidatos trazem essa instabilidade?

O que mais me preocupa são candidatos que não têm compromisso com o país. Quando a gente vê a população, eu estive em várias passeatas em Goiânia e uma reuniu mais de 100 mil pessoas, não eram 100 mil empresários, 100 mil pessoas que têm maior condição financeira no estado de Goiás, em Goiânia, não eram 100 mil que não gostavam do Lula ou da Dilma. Na verdade eram 100 mil pessoas de baixa, média e alta renda insatisfeitas. O que não podemos é eleger pessoas que tenham com uma política de governo. Nós temos que fazer uma política de Estado, temos que pensar num país, no Estado de Goiás, na Prefeitura de Goiânia a longo prazo, porque toda ação que a gente vê de governo é exclusivamente para a eleição próxima. Eu acho até que reeleição é um ato ruim para a democracia e para a gestão das entidades, porque a pessoa joga o tempo todo pensando na próxima eleição e esquece que tem que fazer política de Estado, tem que pensar com 20, 30, 40 anos. A Reforma da Previdência é para 20 anos, não para amanhã. Eu prefiro não citar [os candidatos] até porque eu não tenho ainda em minha convicção política em quem eu votaria, nem para presidente nem para governo do Estado, mas eu tenho minhas preferências. Eu diria a seguinte dica: eu quero ver o histórico político de cada candidato. Eu queria saber se eles têm qualificação e se, historicamente, eles estão envolvidos em atos de corrupção, atos que denigram a imagem deles, como eles administraram onde eles passaram. É isso que interessa ao país. A gente fica muito preocupado em eleger populismo e esquece que o populista vai trazer problemas para o país. Temos que eleger pessoas que têm compromisso com o país e estejam capacitadas para fazer isso.

– Porque as coisas da política e da economia são muito vinculadas?

Não tem jeito de desvincular a economia da política. Não tem como você pensar em uma multinacional que venha se instalar no Brasil e que não faça análise política da instabilidade política que o país enfrenta. Vamos dar exemplos são extremo: você acha que alguma empresa multinacional fará alguma pesquisa ou prospecção para instalar na Venezuela? Não vai, instabilidade política zero, é um país que está se deteriorando pelo comunismo ali implantado, ditadura comunista implantada. Então, a gente precisa viver uma estabilidade econômica, e a estabilidade econômica passa pela estabilidade política, daí a necessidade de fazermos com que chegue aos cargos políticos pessoas que tragam essa estabilidade para o país, para o Estado para a Prefeitura, porque sem essa estabilidade infelizmente não cresce, muito pelo contrário, ela decresce.

– Estabilidade seria o mesmo que segurança?

O Brasil é um país em que até o passado é incerto. Um exemplo clássico é o Órium, um prédio que estava quase pronto quando mudou o gestor na Prefeitura e achou que estava errada toda a forma de licenciamento, o prédio quase pronto eles queriam que o empreendedor fizesse viaduto, fizesse um investimento de quase R$ 10 milhões na região para poder ter o Habite-se de algo que já foi combinado, tratado e consumado. Foi aprovado no Paulo Garcia. Mudou o governo, os novos gestores entenderam que tudo que foi combinado não tem valor. É insegurança jurídica. Nem o passado é certo. Não podemos conviver com isso. A gente está preocupado com o futuro, mas temos que começar pela segurança jurídica do passado, e nada melhor do que o Judiciário para legislar sobre isso. Os empresários têm recorrido ao Judiciário, que tem confirmado: combinado é válido. Agora, a estabilidade, a segurança é necessária para um empreendedor que faz um empreendimento daquele porte como é necessário para o empregado que trabalha, para um micro ou pequeno negócio instalado na Avenida Anhanguera. A gente tem que ter essa segurança de que hoje eu combino e amanhã será executado.

– Quais as expectativas do setor empresarial em relação ao governo de Goiás nesta campanha considerando esse leque de candidatos que temos agora e o desenvolvimento do Estado?

Eu tenho falado que Goiás está privilegiado com seus candidatos a governador. Nós temos três bons candidatos, além dos demais. Temos o José Eliton, o atual governador, Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, que estão despontando na pesquisa. Sem dúvidas, são três bons candidatos com posturas e com propostas um pouco diferentes um do outro. Mas tenho certeza que os três têm capacidade para fazer um bom governo. Agora, mais importante do que os bons candidatos, o empresário tem que entender que ele tem que se envolver, não na política, mas no processo político. Nós precisamos abrir espaço para ouvir os candidatos, temos que chamar empresários para ouvir as propostas, temos que apresentar nossas propostas para esses candidatos e fazermos com eles um compromisso de uma agenda positiva para o estado de Goiás, e passadas as eleições, sem interesses pessoais, mas interesses no negócio, no Estado de Goiás como um potencial estado econômico, temos que ter, com aquele que foi eleito, uma interlocução de como está sendo comandada a economia do Estado de Goiás, se há atrativos ou não. Nós não precisamos nos iludir, mas empresário nenhum faz investimento se não tiver um ambiente favorável. Infelizmente ou felizmente, ele vai onde tiver maior atração do investimento e do capital. Às vezes não é questão de impostos, mas é o ambiente favorável ao trabalho. Aí envolve desde Vigilância Sanitária, área do Meio Ambiente, área de Infraestrutura, incentivos fiscais, envolve uma série de questões que o empresário avalia, vê os custos e benefícios e não é dar uma área que vai trazer empresário nem indústria, mas todo esse ambiente favorável ao investimento.

– O ambiente eleitoral ainda carece de projetos a serem realmente apresentados?

Carece e eu diria que a gente tem que ser pragmático e ouvir as melhores propostas. Não temos que abraçar cor partidária nem candidatura, mas abraçar a melhor proposta. E o Codese está preparando uma proposta que eu penso que depois que eu estiver na Fecomércio, a gente vai poder aproximar mais e levar nossos interesses para dentro da proposta do Codese, e aí será uma proposta entendo que do segmento empresarial no Estado de Goiás aos candidatos, como nós fizemos na eleição da Prefeitura apresentando uma proposta do Codese dos candidatos a prefeito de Goiânia.

– Aquele processo foi bem avaliado? Estudo, organização, método, sistematização, apresentação, debate, cobrança

Isso, e é o método que está dando certo. A gente conseguiu alguns avanços dentro da Prefeitura de Goiânia e não desistimos, continuamos buscando espaço para podermos fazer, especificamente para Goiânia, ainda mais. Precisamos avançar na área da saúde. O projeto do Codese é que o IDH de Goiânia esteja entre as dez melhores cidades do país. Nós estamos em 50 para lá, não sei exatamente o número. Mas só tem um jeito: é melhorando a educação, a saúde, todo o ambiente de Goiânia. E nós vamos continuar a fazer essas propostas junto à Prefeitura e Goiânia e a mesma coisa eu penso que temos que repetir isso dentro do Estado, e levar a proposta do segmento empresarial, fazer o estado de Goiás um estado melhor para se morar.

– Em que momento o Codese acha que pode apresentar proposta aos candidatos ao governo?

Eu penso que isso vai acontecer na hora que o processo eleitoral for deflagrado, até para ter legitimidade, lá para agosto, depois das convenções. Quando estiver com o processo deflagrado, o Codese, como fez a prefeito, deve começar a agendar com os candidatos, provavelmente em hotel, deve fechar com vários empresários e apresentar.

– Recentemente o Codese doou o projeto de continuação da Leste Oeste para a Prefeitura, mas parece que ainda vai demorar um pouco

Infelizmente. Sabe, o empresário tem se disposto a ajudar. A gente investe, a gente entende que precisa investir no produto, principalmente o empresário do mercado imobiliário, que sabe que nossa ação é na cidade, que tem que ser melhor, quanto melhor para a cidade mais valorizada é, quanto mais valorizada, todos ganham.

– Um dos exemplos dessa proposta é o Alvará Fácil

Nós estamos trabalhando também junto à educação o término dos Cmeis que estão paralisados, estamos tentando buscar uma saída para isso também. Dentro da Secretaria de Planejamento tem um projeto sendo desenvolvido, de acompanhamento de processos, que é um sistema muito moderno que vai sistematizar e fazer com que o processo não pare. Na AMMA também. Então, tem muita coisa andando. O maior problema hoje da Prefeitura e da maioria dos municípios é recurso. Então, ações têm que ser tomadas que, às vezes, doem na carne, mas precisam ser feitas. Goiânia precisa gerir melhor os recursos que tem.

– O senhor estará na liderança desse debate a partir do momento que assumir a Fecomércio?

Sem dúvidas, assumindo a Fecomércio, a Fecomércio é protagonista nessa discussão, não talvez na figura do presidente, mas de todos os diretores que compõem. A nossa chapa tem 74 nomes. São dez vice-presidentes, 20 diretores, 30 e poucos suplentes. Então, a gente tem pelo menos 20 grandes empresários que estão nessa chapa, que vão participar dessas discussões, cada um na sua área. Porque não existe presidente que domine tudo quanto é assunto.


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