O ministro da Saúde, Nelson Teich, prometeu que o governo construirá nos próximos dias um programa que contará com diretrizes definidas para a saída do isolamento social. Em sua primeira entrevista coletiva no cargo, Teich diz que o confinamento “não pode durar por um ano, um ano e meio, até que a vacina esteja pronta”.
Conforme o ministro, alguns governadores já definiram planos de relaxamento do isolamento. Ele citou que esteve em reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que criou um programa para saída paulatina do isolamento.
Teich também criticou o modelo matemático criado pelo britânico Imperial College para o Brasil, que previa mais de 1 milhão de mortos e cairia para 44 mil com a adoção de algumas medidas. “Isso não existe. Não há medida que se tome que possa justificar essa diferença”, disse.
O ministro voltou a defender testagem em grande número para criar um banco de dados e entender melhor a Covid-19 para, assim, desenhar um plano mais eficiente de enfrentamento à doença.
Preocupação com hospitais
Teich também demonstrou preocupação com a demanda reprimida de outras doenças nos hospitais. Segundo o ministro, hospitais podem ter dificuldade em sobreviver e causa uma onda de mortes por outras doenças.
“Qual é o problema prático disso? Você vai começar a ter uma demanda reprimida gigante. Se os hospitais estiverem despreparados quando a gente controlar a Covid, teremos outra crise, que é a não capacidade de atender a demanda reprimida da não Covid. É importante saber que o Ministério da Saúde está preocupado com o sistema.”
General será número 2
O general Eduardo Pazuello foi anunciado pelo ministro como secretário-executivo da pasta. Ele substituirá João Gabbardo, que esteve no cargo durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta. O nome de Pazuello partiu do presidente Jair Bolsonaro e foi aprovado pelo ministro.
O novo secretário nasceu no Rio de Janeiro e se formou na Academia Militar das Agulhas Negras. Ele atuou como coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida, responsável pelos trabalhos relacionados aos cidadãos venezuelanos que chegaram ao Brasil por Roraima.
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