Em sua primeira entrevista no cargo, o novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, disse nesta terça-feira (7) esperar que a PGR (Procuradoria-Geral da União) não peça abertura de investigação ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra nenhum integrante do governo peemedebista.
A expectativa é de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente a lista de nomes nesta semana e, segundo a reportagem apurou, incluirá os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) e parlamentares do PMDB e do PSDB.
“Eu, pelo menos, não adentrei na possibilidade de envolvimento mais claro [de membros do governo]. E, portanto, não posso ter opinião agora. Espero que ninguém se envolva”, disse.
Com a apresentação da lista, o presidente Michel Temer se prepara para enfrentar mais uma semana de desgaste na imagem do governo, cuja aprovação popular segue baixa, de acordo com pesquisas de opinião.
A possibilidade do procurador-geral apresentar pedidos de inquérito contra ministros da cúpula governamental geraram o receio no Palácio do Planalto de que a nova lista afete o ritmo de tramitação da reforma previdenciária e reverbere em manifestações de rua, como a marcada para o dia 26 nas principais capitais do país.
Na entrevista, o novo ministro afirmou ainda que manterá o no cargo o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. “Continua no comando e eu já dei essa referência e essa confirmação”, disse.
Ele negou ainda que a bancada peemedebista de Minas na Câmara esteja contra a sua nomeação, apesar do vice-presidente da Casa, Fábio Ramalho (PMDB-MG), ter anunciado rompimento com o governo após a escolha de Serraglio.
“Hoje, a bancada está unânime com a gente”, disse o ministro.
O presidente deu posse, em cerimônia no Palácio do Planalto, a Serraglio e ao novo ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes. (Folhapress)
Leia mais sobre: Brasil