23 de dezembro de 2024
Brasil

Novo ministro da Fazenda da Argentina assume com desafios e incertezas

(Foto: Lula Marques)
(Foto: Lula Marques)

Hernán Lacunza, o novo ministro da Fazenda e Finanças Públicas da Argentina, terá que conduzir a agenda econômica do país com grandes desafios nos próximos meses. Entre eles, uma acirrada campanha eleitoral, o contexto internacional incerto e muitos ajustes a serem feitos. Lacunza foi recebido por volta das 11h da manhã de hoje (19) pelo presidente Mauricio Macri.

No último sábado (17/08), Nicolás Dujvone, o então ministro da Fazenda, renunciou ao cargo afirmando estar “convencido de que, em virtude das circunstâncias, a gestão precisa de uma renovação significativa na área econômica”.

A tarefa agora está nas mãos de Hernán Lacunza, que era ministro da Economia da Província de Buenos Aires. Lacunza recebeu o convite do presidente Mauricio Macri para assumir a pasta neste final de semana.

Ele assume o importante ministério do país, em um contexto de crescente dívida pública, com uma relação delicada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e uma taxa de inflação que já ultrapassou os 22% apenas no primeiro semestre. Analistas acreditam que a inflação, prevista para estar entre 50% e 55% até o final do ano, pode subir ainda mais.

A relação com o FMI, com quem o país firmou uma série de compromissos em troca de um empréstimo de US$ 57 bilhões, também terá de receber atenção. Os termos acordados com o órgão devem ser rediscutidos, para alcançar novos acordos e consensos. Representantes do FMI devem fazer uma visita ao país nos próximos 15 dias.

Há ainda a incógnita sobre o que acontecerá com o dólar no país. Na semana passada, após o dólar disparar 25% (a moeda ultrapassou os 60 pesos argentinos) e o risco país ultrapassar os 1.800 pontos (hoje está em 1.858 pontos), Macri anunciou medidas para aliviar o bolso de 17 milhões de argentinos. Analistas defendem que, como resultado dessas medidas, o déficit público também aumentará.

Hernán Lacunza tem 49 anos e é formado em economia. Antes de dirigir o Ministério da Economia de Buenos Aires, passou pelos cargos de diretor geral do Banco Central argentino e do Banco Municipal da Cidade de Buenos Aires.


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