Ao ser anunciado pelo próximo prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), nesta sexta-feira (13), como novo controlador-geral da Prefeitura a partir de janeiro, Juliano Gomes Bezerra sinalizou a preocupação em “identificar gargalos, contratos mal feitos, atas que foram buscadas de lugares que não se tem muita certeza da seriedade, e sanear todas as áreas”. Ele é advogado, pós-graduado em direito imobiliário e tributário e já esteve no cargo durante o governo Iris Rezende, mas também passou por outros órgãos, sendo atualmente lotado na Secretaria Estadual de Infraestrutura de Goiás.
Em busca de arrumar a casa, ciente que a atual gestão termina com uma série de problemas e endividamento, ele disse que, a princípio, a Controladoria vai buscar as “ineficácias de contratos, contratos irregulares, sobrepreços em contratos, identificar situações que possam ser cortadas, outras que precisam ser corrigidas (…). Ou seja, trazer uma governança para a Prefeitura de Goiânia”.
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Bezerra explica que a intenção é organizar o sistema para fazer com que Goiânia “volte a ser uma capital transparente, que na nossa época, no passado, chegou em primeiro lugar no país. Hoje ela está nos últimos lugares”, argumentou.
Meta é “controle com eficácia”
Os ajustes vão buscar governança, eficácia e eficiência. “Não é só controle por controle, é controle com eficácia”.
Bezerra enfatizou que a Controladoria do Município é um órgão constitucionalmente criado pela Constituição, “tão importante quanto a Procuradoria”.
Experiência elevou transparência no governo Iris
Conforme ele, quando esteve na Controladoria há cerca de quatro ou cinco anos, a “Prefeitura de Goiânia estava em primeiro lugar nos gastos públicos com transparência, de acordo com a ONG Transparência Brasil, Transparência Internacional. No Tribunal de Contas também nós tínhamos uma nota 59 e levamos ela para 97”, apontou. Em seguida, antecipou que a meta deverá ser nota 100.
Para isso, Bezerra espera articular um sistema aliando governança, modernidade, além de situações e mecanismos de controle de gastos “com eficiência através da tecnologia”.
Ele acredita que a gestão de Mabel vai focar em uma governança tecnológica para atingir um controle com a eficiência dos gastos.
Sangrias serão analisadas e contrato com FUNDAHC pode ser uma
Ele alertou que ainda não tem noção profunda de situações que podem ser sangria a exemplo do contrato com a Fundação de Amparo ao Hospital das Clínicias (FUNDAHC) que faz a gestão das três maternidades públicas da Prefeitura de Goiânia. A instituição está no centro de problemas, sofre com um calote da prefeitura, mas também com críticas pelos valores cobrados.
“Ainda não tenho noção, até porque o convite foi recente, eu não busquei as informações, mas a Controladoria aprova as contas da FUNDAHC”, exemplificou. Ele pontuou que “a contabilidade que a FUNDAHC apresenta para a posterior aprovação da Secretaria de Saúde, tem (que passar por] um departamento da Controladoria que confere se aqueles gastos foram realmente de acordo com a legislação e nós vamos buscar cada vez mais, buscar não só a legalidade, nós temos que buscar a eficiência do gasto público”, completou.
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