22 de dezembro de 2024
Brasília

Novas imagens de 8 de janeiro mostram goiano que quebrou relógio do Planalto perto da sala do GSI

Morador de Catalão que vandalizou relógio dado a dom João 6º. (Foto: Reprodução)
Morador de Catalão que vandalizou relógio dado a dom João 6º. (Foto: Reprodução)

O homem de Catalão, Sudoeste de Goiás, identificado como Antonio Claudio Alves Ferreira, de 30 anos, que quebrou o relógio de dom João 6º no dia 8 de janeiro no Palácio do Planalto, em Brasília, teve novas imagens suas divulgadas. Nos vídeos, é possível ver que ele usou extintores de incêndio para abrir caminho e circular pelos espaços do prédio.

Já nas novas imagens de 8 de janeiro das câmeras de segurança, Antonio aparece no térreo às 15h22 circulando próximo à sala do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Dois minutos depois ele já está na gravação com um extintor de incêndio e sobe alguns degraus da escada que dá acesso aos salões de eventos do Planalto.

Antes de subir para o terceiro andar do Palácio do Planalto, onde estava o relógio centenário de dom João 6º, o homem pega um objeto que se parece com uma haste de bandeira e tenta destruir um caixa eletrônico do segundo andar. Às 15h33, então, ele encontra o relógio e o joga o relógio no chão, além de vandalizar outros espaços.

Como é possível perceber, ele usava uma camiseta com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Antonio foi preso pela Polícia Federal em 23 de janeiro na cidade de Uberlândia (MG). Um dia após sua captura, a casa dele em Catalão foi alvo de busca e apreensão.

Sobre o relógio, a peça era exemplar único no mundo todo, o relógio foi dado de presente a dom João 6º pela corte francesa e difícil, até mesmo, de ter um valor identificado. A obra foi desenhada por André-Charles Boulle e fabricada pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot no fim do século 18, poucos anos antes de ser trazida ao Brasil.

O governo da Suíça se ofereceu para ajudar o governo federal a restaurar a peça. Segundo relatório preliminar do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, divulgado em janeiro, o relógio estava “fragmentado em toda a sua extensão, apresentando fissuras, deformações e perdas”.


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