11 de agosto de 2024
Sem pressa • atualizado em 24/03/2023 às 11:38

Nomeações de cargos federais em Goiás ficam para depois da viagem de Lula à China

Governo Federal pretende esperar para ver o tamanho da base em Goiás
A Codevasf é um dos órgãos em disputa (Foto: Divulgação)
A Codevasf é um dos órgãos em disputa (Foto: Divulgação)

Lideranças do PT em Goiás não têm pressa com relação a nomeação de cargos disponíveis o que deve acontecer apenas quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornar de sua agenda na China. Até lá, os postos irão continuar sob controle de indicados por nomes da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

À mesa estão cargos no Ibama, Incra, Iphan, Secretaria do Patrimônio da União, Correios, Dnit, Inmetro, Delegacia do Trabalho, Caixa Econômica Federal, Receita Federal, Superintendência de Agricultura e Pecuária, Banco do Brasil, ICMBio, Funai, Codevasf entre outras empresas e autarquias federais.

A avaliação de petistas é que dar governabilidade a Lula é o principal objetivo neste início de gestão. Por isso é importante aguardar pelo menos até abril para ver como estará a base da administração federal. “Primeiro foi definido o primeiro escalão. Aos poucos, o segundo escalão está sendo finalizado. O debate agora vai para os estados. É normal, sempre foi assim”, disse uma liderança.

Disputas no Iphan e na Codevasf ganharam destaque recentemente. A última é comandada por Abelardo Vaz Filho, que é indicação do senador Vanderlan Cardoso (PSD), que era aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado federal Rubens Otoni (PT) chegou a tentar emplacar o nome do advogado Edilberto Dias à frente da empresa. O assunto está travado. 

O secretário-executivo das Relações Institucionais, Olavo Noleto (PT), ao Jornal O Popular chegou a comentar o assunto na última terça-feira. “Ao final de março, é normal que em qualquer começo de governo isso ainda esteja em construção”, disse. “A base está em construção, são 17 partidos que indicam representantes para o Governo Federal”, destacou.

Olavo inclusive, disse que os petistas não teriam maioria nos cargos federais. “Com certeza teremos petistas nesses lugares. Mas temos de lembrar que estamos num governo de coalizão. O PT pode até estar comandando o Governo mas não tem maioria na Câmara e isso vai ser pensado”.

“Não é varejo, nem balcão de negócios, mas é compromisso nosso e em março isso vai se desenrolar”, destacou Noleto durante a entrevista que reforçou que a relação com o Congresso estava melhor que o esperado. Por isso, não há pressa para as definições.

Um petista histórico chegou a relembrar ao Diário de Goiás que o governo Lula trabalha com parcimônia. “O Bolsonaro demitiu todo mundo rapidamente. Depois demorou muito tempo para preencher os cargos”, disse rememorando um episódio que ocorreu logo no começo da gestão bolsonarista em 2019. O ministro da Casa Civil à época, Onyx Lorenzoni (PL) ao promover um limpa no Palácio do Planalto travou nomeações e exonerações porque fez um desmonte administrativo e demitiu quem fazia demissões.


Leia mais sobre: / Política

Comentários