O município de Catalão continua sendo a cidade que paga o maior salário ao seu prefeito entre os 246 municípios goianos – desembolsando a Velomar Rios (MDB) R$ 39.338,43 por mês -, e sendo, portanto, a primeira do ranking das dez cidades de Goiás que pagam salários acima de R$ 30 mil para quem comanda o município. Em 2022, o salário pago para o prefeito da ocasião (R$ 28.452,02 a Adib Elias) também era o mais alto, como mostrou o Diário de Goiás na época.
Para ilustrar comparações, o governador Ronaldo Caiado (UB) tem salário de 30.585,01.
Além de Catalão, pela ordem dos dez maiores salários, variando entre R$ 30 e R$ 39 mil por mês, estão: Itaberaí (Rita de Cássia do UB), Niquelândia (Eduardo Niqturbo do Novo), Jussara (Idali Bontempo Branca do UB), Caiapônia (Argemiro Rodrigues do UB), Itumbiara (Dione Araújo do UB), São Luís dos Montes Belos (Júnior da Receita do UB), Santa Helena de Goiás (Íris Parreira do MDB) e Ouvidor (Cébio Machado Nascimento do Pode). Confira os valores ao final!
Maior salário entre os vices-prefeitos de Goiás fica com o de Santo Antônio do Descoberto
Em várias das cidades goianas, os vice-prefeitos também têm salários “chamativos”, como acontece novamente com Catalão: R$ 22.234,78, que nem é o maior. O líder é o salário pago ao vice-prefeito de Santo Antônio do Descoberto (R$ 23.575,99), enquanto para o prefeito da cidade é reservado um salário de R$ 29.469,99, e aos vereadores R$ 11.787,99 mensais.
TCM: sem dados de 177 prefeituras
Os dados são do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) sobre os novos mandados ainda não contemplam os 246 municípios goianos porque muitas Prefeituras e Câmaras Municipais não estão enviando regularmente essas informações, apurou o Diário de Goiás junto ao órgão. É o caso de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Anápolis, entre outras, que não constam na base de dados. É o caso ainda de Hidrolândia, onde o prefeito é Zé Délio Júnior (UB), presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM).
Inclusive, comparando as tabelas já disponibilizadas, o número dos que estão devendo informações no banco de dados do órgão de controle chega a 177 prefeituras.
A explicação é que não aparecem no banco de dados do TCM porque nem foram enviados e nem foram fiscalizados ainda pelo tribunal. O TCM investiga as causas da inadimplência das cidades que não encaminharam essas informações.
TCM abriu processo sobre a falta dos dados
“Abrimos um processo de inadimplência no qual vamos apurar a razão da demora e imputamos multa caso a justificativa não seja aceita. Em casos extremos, no qual ele [o município] não presta contas, abrimos um procedimento chamado Tomada de Contas, no qual nós vamos no município tomar nós mesmos as contas” informa o secretário Controle Externo de Atos de Pessoal do TCMGO, Vinícius Santos.
O problema também atinge dezenas de Câmaras que não remetem os valores pagos para os vereadores. Entre os salários mais altos pagos a vereadores da lista já informada, ou seja, pode haver outros mais elevados, novamente Catalão e Itumbiara se destacam: salários de R$ 16.503,19 para os vereadores de ambas.
Uma situação interessante ocorre em Santa Helena de Goiás, onde a distância entre o salário pago ao prefeito, de R$ 31.500,00, é três vezes maior em relação ao pago aos vereadores que recebem R$ 9.901,91, e o dobro do salário do vice-prefeito: R$ 15.750,00.
Já em Planaltina, o que se destaca é que o prefeito tem um salário de R$ 20.000,00, o vice-prefeito R$ 15.000,00 e os vereadores pouco menos que o vice, R$ 13.202,55.
Os dados já lançados mostram que o menor salário pago em 2025 a um vereador em Goiás é o da Câmara Municipal de Santa Rita do Araguaia: R$ 5.333,22.
Já o prefeito e o vice-prefeito que têm os menores salários entre os já informados são os da cidade de Nova Roma, respectivamente 12.500 e R$ 6.500,00 – no último caso, pouco acima dos vereadores que recebem R$ 6.000,00 por mês.
Salários (subsídios) pagos aos prefeitos de Goiás (Fonte TCM-GO, Set-2025):
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