22 de novembro de 2024
Brasil

No Rio, concorrentes sobem o tom contra Pedro Paulo por agressão à ex-mulher

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – No debate deste domingo (25) da TV Record, os concorrentes à Prefeitura do Rio subiram o tom nas acusações ao candidato da situação, Pedro Paulo (PMDB), por causa das denúncias de agressão à sua ex-mulher, Alexandra Marcondes.

Todos os adversários tocaram no tema por diversas vezes, de forma mais incisiva do que nos encontros anteriores.

“Candidato Pedro Paulo, para mim, quem bate em mulher é covarde. E para você?”, questionou o candidato Índio da Costa (PSD), em uma das duras intervenções sobre o tema.

Em 2010, a então mulher de Pedro Paulo denunciou à polícia um caso de violência doméstica. Laudo do IML (Instituto Médico Legal) confirmou lesões.

Em agosto, o caso foi arquivado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), seguindo parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diante de novo depoimento de Marcondes negando a agressão.

A questão, porém, tem sido destacada durante a campanha. A coligação do candidato Marcelo Crivella (P|RB) chegou a veicular um filme na TV sobre o tema.

“Acho que o lugar dessas pessoas [que batem em mulher] não é na política”, afirmou Jandira Feghalli (PCdoB) no debate deste domingo, respondendo a pergunta de Índio sobre o tema.

Em sua defesa. Pedro Paulo repetiu várias vezes que o caso foi arquivado pelo STF. E disse que os ataques mostram que sua candidatura “é a única viável para enfrentar o Marcelo Crivella”.

De acordo com a última pesquisa Datafolha, Pedro Paulo está em terceiro lugar nas intenções de voto, empatado com Jandira Feghali, com 9%.

Os dois estão um ponto percentual atrás do segundo colocado, Marcelo Freixo (PSOL), dois acima de Flávio Bolsonaro (PSC) e três de Índio da Costa.

O líder Crivella, que tem 31% das intenções de voto, foi pouco atacado no debate. A principal crítica foi sobre a aliança com o PR, partido do ex-governador Anthony Garotinho.

“Você pretende governar com a família Garotinho?”, questionou o deputado Alessandro Molon (Rede).

Crivella argumentou que o PR não “é só a família Garotinho”, mas tem outros quadros competentes. Como exemplo, porém, ele citou a filha do ex-governador, a deputada federal Clarissa Garotinho.


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