07 de agosto de 2024
Entrevista • atualizado em 12/04/2022 às 15:07

No Republicanos, Sabrina Garcez conquista missão de estimular formação de mulheres na política

De casa nova, Sabrina Garcez pretende saltar da Câmara dos Vereadores para a Câmara dos Deputados
Altair Tavares entrevista a vereadora Sabrina Garcez (Foto: Divulgação)
Altair Tavares entrevista a vereadora Sabrina Garcez (Foto: Divulgação)

A vereadora Sabrina Garcez trocou o PSD pelo Republicanos na última janela partidária. A saída teve contornos litigiosos já que a parlamentar teve de entrar com uma liminar no Tribunal Regional Eleitoral para poder sair da legenda sem perder o mandato. Em contrapartida, encontrou na legenda do prefeito Rogério Cruz espaço para construir sua candidatura a deputada federal. Por lá, também terá a missão de fazer ponte e trazer mais mulheres para o partido.

Em conversa com o editor-geral do Diário de Goiás, Altair Tavares, nesta terça-feira (12/04), a parlamentar comentou sobre seu desejo de saltar da Câmara dos Vereadores para a Câmara dos Deputados em Brasília. “Algumas pautas, consegui fazer uma discussão para nossa cidade e quero pegar esse acúmulo e fazer essas discussões na Câmara. A minha formação é em Direito Constitucional, é uma área que eu sempre gostei e o Congresso é o berço disso”, pontua. 

Também terá a missão de atrair mulheres para o campo político não só na construção de candidaturas mas também levá-las aos mandatos públicos. “Curso de formação, achar mais mulheres, incentivar outras mulheres a serem candidatas, não só agora, mas nas próximas eleições. Trazer mais mulheres para o partido”, pontuou.

Leia a entrevista na íntegra que vereadora Sabrina Garcez concedeu ao editor-geral do Diário de Goiás, Altair Tavares:

Altair Tavares: Vereadora, porque a senhora decidiu trocar o PSD pelo Republicanos?

Sabrina Garcez: Principalmente em relação a forma com que o partido toma suas decisões, as articulações estaduais e a interlocução interna do partido. A forma do partido valorizar o mandato, o mandatário. Essa foi a grande diferença e o motivo de sair do PSD.

AT: Essa decisão teve alguma interferência sobre o que aconteceu com o Henrique Meirelles visto que a senhora estava bastante engajada com sua candidatura ao Senado?

SG: O Henrique como eu falei em diversos momentos era minha principal prioridade. Se fosse candidato aqui em Goiás, eu estaria na campanha com ele e provavelmente eu até permaneceria no PSD, agora sem ele no partido, não existe mais uma justificativa de permanência na disputa.

AT: No Republicanos, da filiação até agora o que a senhora já conseguiu?

SG: Conversei com o presidente nacional Marcos Pereira. A gente tem falado sobre os espaços em Goiás no partido, principalmente na parte de formulação e formação das mulheres, incentivar mais mulheres a disputar eleições e o presidente Marcos assim como o presidente do Instituto, o pastor Rosemberg deram total autonomia para trabalharmos com essa perspectivas aqui no Estado.

AT: Isso significa que a senhora vai assumir maiores responsabilidades? Como isso aconteceria?

SG: Curso de formação, achar mais mulheres, incentivar outras mulheres a serem candidatas, não só agora, mas nas próximas eleições. Trazer mais mulheres para o partido.

AT: Algumas pessoas avaliam que o salto de vereadora para deputada federal é muito alto. Como a senhora avalia isso?

SG: Na política, temos de observar muito o momento. Acredito que fiz um bom trabalho em Goiânia. Algumas pautas, consegui fazer uma discussão para nossa cidade e quero pegar esse acúmulo e fazer essas discussões na Câmara. A minha formação é em Direito Constitucional, é uma área que eu sempre gostei e o Congresso é o berço disso.

AT: O direito constitucional está no Congresso e em Brasília, né…

SG: Exatamente. É lá que eu tenho vontade de atuar e o que a gente precisa é fazer o mesmo trabalho em Goiânia: conversar com as pessoas. Foi assim que fiz as minhas duas campanhas, conversando diretamente e entendendo as especificidades de cada bairro, levar isso para os municípios e regiões. Entender a vocação e as dificuldades de cada local. Conversar com os parlamentares e lideranças locais e poder representá-los diretamente no Congresso.

AT: A senhora falou de formação de mulheres e o grande desafio dos partidos é encontrar mulheres realmente candidatas. Essa é uma situação que estará evidenciada nessa eleição?

SG: Dificultou ainda mais a formação de chapas. A gente tem visto várias discussões jurídicas, inclusive, cassando mandatos de vereadores e parlamentares pela falta de mulheres e candidaturas falsas. É importante que o partido comece a olhar as candidaturas femininas como candidaturas viáveis e é preciso achar essas mulheres. Historicamente precisamos fazer essa correção, as mulheres estão mais afastadas da política, por uma série de fatores. Como já disse: a carga horária, a falta de incentivo financeiro, o cuidado que as mulheres geralmente têm com os afazeres domésticos, dentro de casa. Precisamos criar um ambiente que as mulheres sintam-se envolvidas para que elas possam participar.


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