07 de agosto de 2024
Negociação • atualizado em 18/03/2022 às 18:42

No quarto dia de greve dos professores, Sintego vai ao Ministério Público em busca de apoio nas negociações com a Prefeitura

Presidente do Sintego, Bia de Lima quer desfecho rápido para a greve
Trabalhadores da educação terminam semana no Ministério Público em busca de um desfecho na negociação com a Prefeitura de Goiânia (Foto: Divulgação/Sintego)
Trabalhadores da educação terminam semana no Ministério Público em busca de um desfecho na negociação com a Prefeitura de Goiânia (Foto: Divulgação/Sintego)

A paralisação de professores e trabalhadores da educação chegou ao quarto dia nesta sexta-feira (18/03) com a presidente do Sintego e advogados do sindicato em reunião com membros do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO). Na porta do órgão, muita manifestação e os grevistas seguem lutando pelo reajuste do piso linear em 33,23% para os professores, além do pagamento das data-bases que estão atrasadas desde 2020. A Prefeitura havia feito uma proposta que contemplava apenas os professores em início de carreira.

“Nós fomos ao Ministério Público buscando o apoio do MP para o cumprimento e seu papel que é zelar pelo cumprimento das leis. E como o MP não está cumprindo a lei da data-base estivemos fazendo uma representação ao MP”, disse a presidente do Sintego, Bia de Lima em entrevista ao Diário de Goiás. De acordo com Lima, a intermediação do órgão será fundamental para o desfecho grevista. A greve foi deflagrada na última terça-feira (15/03) 

“Vamos conversar até mesmo com o procurador-geral justamente porque nós queremos que o MP ajude a resolver essa questão e para que a greve não perdure de forma demasiada, porque nós não queremos entrar em greve, nós não queremos ter problema a dar uma educação de qualidade para as crianças e estudantes”, pontuou. De acordo com Bia, Cruz tem demorado para apresentar uma proposta aos servidores da educação. “Estamos buscando através desse diálogo fazer com que outros atores entrem no circuito para ajudar a resolver o impasse e nesse sentido vamos buscar todos os representantes legais da sociedade”, salientou.

De acordo com Lima, desde que a greve foi deflagrada houveram novas conversas, sem que houvesse acordo com o movimento. “Nós conversamos com o secretário [Wellington Bessa] mas não teve proposta concreta. Nós estamos buscando uma proposta concreta”, pontuou.

Bia de Lima nesta sexta-feira (18/03) na porta do Ministério Público (Foto: Divulgação/Sintego)

Vídeo expõe remuneração de professores

Desde ontem, um vídeo apócrifo crítico ao Sintego tem circulado nas redes sociais expondo nome e salários de professores da rede municipal de ensino. De acordo com Bia, trata-se de um ‘crime’ que não condiz com a verdade e que o Sindicato vai tomar providências cabíveis.

“Primeiramente o secretário [Wellington Bessa] me ligou, pedindo desculpas dizendo que não era de origem da Prefeitura e deu um tiro no dedão do pé. Nós vamos tomar todas as providências cabíveis diante do fato. Inclusive, temos muitas questões já na mesa. Já sabemos como vamos reagir a esse tipo de atitude que eu disse ao secretário que aquele tipo de postura não condiz com a verdade, tenta mais desgastar as pessoas, diminuindo a luta. Isso não resolverá em nada”, pontuou. As pessoas citadas no vídeo irão receber o devido apoio jurídico, garante.

“Estamos tomando as medidas cabíveis e já oferecemos os advogados do Sintego para representar em favor dos professores que tiveram os nomes expostos e vamos buscar as devidas reparações criminais. Isso foi um crime. Nós tentamos descobrir efetivamente o que originou o vídeo e vamos trabalhar mantendo o foco na greve mas também defendendo dignamente as pessoas que foram colocadas nesse vídeo apócrifo”, destaca.

Com a palavra, a Secretaria Municipal de Educação

Por meio de nota a Secretaria Municipal de Educação repudiou o que chamou de “ataque aos servidores administrativos, professores e sindicato que representa os profissionais da Educação”. Também destacou que defende e está aberta ao diálogo com os envolvidos na greve. “A pasta defende o diálogo e a liberdade de expressão e reconhece o direito legítimo de todos à manifestação e adesão à greve, mesmo entendendo que o diálogo é o melhor caminho para a solução dos desafios e das demandas apresentadas pelos servidores públicos”, pontuou. Na última quarta-feira (16), o titular da pasta havia dito que a greve era ilegal e que a Prefeitura estudava ir à Justiça impedir a paralisação.

Wellington Bessa, secretário de Educação (Foto: PUC)

Veja a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Educação (SME) repudia veementemente qualquer manifestação de ataque aos servidores administrativos, professores e sindicato que representa os profissionais da Educação. 

A pasta defende o diálogo e a liberdade de expressão e reconhece o direito legítimo de todos à manifestação e adesão à grave, mesmo entendendo que o diálogo é o melhor caminho para a solução dos desafios e das demandas apresentadas pelos servidores públicos. 

Além disso, a SME Goiânia reforça que segue aberta ao diálogo e que trabalha para valorizar os profissionais conforme a realidade orçamentária do município. O objetivo de todos, gestores e profissionais, continua sendo garantir uma educação de qualidade para todos os mais de 110 mil estudantes matriculados na rede municipal de ensino.


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