08 de agosto de 2024
Destaque • atualizado em 24/01/2021 às 10:53

Daniel Vilela e Gustavo Mendanha figuram como pré-candidatos a governador em 2022, diz presidente

Carlos Junior destaca que MDB ainda está de luto por Maguito: "ficha ainda não caiu"
Carlos Junior destaca que MDB ainda está de luto por Maguito: "ficha ainda não caiu"

Passados mais de dez dias desde que o prefeito de Goiânia, Maguito Vilela, faleceu, o sentimento no MDB ainda é de luto. “Acho que a ficha não caiu por inteiro”, pontua em entrevista ao Diário de Goiás, Carlos Alberto Branco Antunes Junior, presidente do partido em Goiânia e secretário do Desenvolvimento da Economia Criativa da Prefeitura da capital. A morte do ex-governador mexeu não apenas com a agremiação, mas também com a política goiana. “Maguito conseguia dialogar tanto com a extrema-esquerda como a extrema-direita com facilidade”, destaca Júnior. Como consequência, o partido está entre Daniel Vilela e Gustavo Mendanha para a vaga de candidato a governador em 2022.

Mas a vida continua e é hora de reunir os cacos, pensando no futuro e fazer boas gestões nas cidades que a legenda está presente. Pesa à favor, os conselhos do ex-prefeito Iris Rezende Machado, que segundo Carlos se aposenta da administração pública, mas não abandonará os emedebistas. “Ele deixou bem claro para mim e para nosso presidente que ele será o conselheiro do MDB e vamos usar muito os conselhos dele e vamos procurá-lo muito e seguir com suas orientações”.

Ao editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, Carlos Júnior destacou que o MDB tem excelentes nomes para quadros futuros e que há um projeto de Governo para 2022. “Temos dois excelentes nomes e vão sentar os dois e decidir o que tiver melhor eu acredito que será o candidato. São dois excelentes nomes, tanto o Daniel [Vilela] como o do Gustavo [Mendanha], então graças a Deus, estamos tranquilos. Nós temos um projeto. Quem será o piloto do projeto eu acredito que será um dos dois e o MDB estará muito bem representado.”


ENTREVISTA – CARLOS ALBERTO BRANCO ANTUNES JÚNIOR, presidente do MDB de Goiânia

Carlos Alberto Branco Júnior, presidente do MDB de Goiânia.
Carlos Júnior, presidente do MDB Metropolitano, está otimista com campanha de Maguito. (Foto: Reprodução)
Altair Tavares: Como o senhor avalia o futuro do partido sem Maguito Vilela e Iris Rezende que se aposentou?

Carlos Júnior: O Iris em momento algum ele está aposentado para o MDB, ele teve aposentadoria da vida pública, de disputar eleições. Isso foi um direito e escolha dele. Respeitamos isso. Mas ele deixou bem claro para mim e para nosso presidente que ele será o conselheiro do MDB e vamos usar muito os conselhos dele e vamos procurá-lo muito e seguir com suas orientações. O MDB conta muito com a experiência, inteligência e sabedoria do nosso líder-maior Iris Rezende. Estamos passando por um momento difícil que nós jamais queríamos estar passando, que foi a perda do nosso outro grande líder e amigo, Maguito Vilela. Mas o MDB até para honrar a memória de Maguito Vilela, ele tem que trabalhar muito e ser um partido vencedor para levar as ideias e ideais de Maguito Vilela à frente.

AT: A morte de Maguito criou uma dificuldade política para o MDB nessa estruturação e manutenção de sua condição política hoje?

Carlos: Eu acho que o MDB hoje é um partido muito maduro. Nós temos dois grandes líderes do MDB hoje: nós temos o Gustavo (Mendanha) e o nosso presidente estadual Daniel Vilela. O MDB tá igual a todo o partido, acho que, a morte do nosso amigo Maguito VIlela mudou não só o MDB mas toda a política goiana. Ele era o ponto de equilibrio na política goiana. Eu acredito que tá todo mundo meio tonto, não querendo acreditar. Nós, principalmente do MDB, acho que a ficha não caiu por inteiro, da falta que o Maguito vai fazer. Nós temos que ser fortes e seguir o seu legado e levar o seu legado adiante.

AT: O senhor falou de um impacto político… Quais são os efeitos desta morte do Maguito na política em geral, não só pelo MDB mas também para outros partidos?

Carlos: O Maguito era um ponto de equilíbrio não só do MDB mas também para a política goiana. A hora que tinha um problema, um conflito, o Maguito era a voz calma que trazia reflexões para todos. Isso vai pesar muito porque eu não vejo hoje em Goiás nenhum outro político que tenha esse perfil do Maguito. Maguito conseguia dialogar com a extrema-esquerda à extrema-direita com facilidade. Se você for conversar com os extremistas de esquerda, eles vão falar bem do Maguito. Os extremistas de direita também vão falar bem do Maguito. Então é isso que a política goiana perde. Ela perde essa pessoa que tem um bom relacionamento com todos os segmentos organizados da mesa.

AT: O MDB passa a ter uma situação que, de certa forma, Maguito tinha condição de ser o ponto de referência e o líder do MDB com a aposentadoria de Iris Rezende. Sem ele, o senhor citou Gustavo Mendanha e Daniel Vilela. Os dois são herdeiros dessa responsabilidade?

Carlos: Eu volto a repetir para você. No meu ponto de vista, ele se aposentou das gestões públicas. O Iris jamais como ser político que ele é, jamais irá se aposentar da política. O MDB não considera o Iris um ser político aposentado. Ele é um fenômeno de fazer política. Enquanto respirar ele vai fazer política. Nós temos no Íris uma grande referência e uma grande pessoa que vai nos ajudar muito nessa nova etapa do MDB. Eu tenho certeza disso.

AT: Pensando num projeto político para 2022, como a morte do Maguito pode influenciar as decisões do MDB?

Carlos: A morte de Maguito influência não só no MDB mas todo o cenário político para 2022.  Mas o MDB vai fazer o seu dever de casa, o MDB está bem estruturado hoje a nível de Goiás. Ganhamos em prefeituras importantes, não apenas em Goiânia, mas várias prefeituras importantes pelo interior do Estado, fomos muito bem votados em outras que não conseguimos êxito, mas fomos bem votados. Te dou como exemplo Porangatu que perdemos por poucos votos. Em Anápolis houve uma votação histórica, resgatando campanhas que o MDB não tinha uma votação igual teve em Anápolis. O MDB está muito bem projetado para 2022. E nós vamos sim, eu tenho certeza que, passando essa fase, nós temos que estar do lado dele, porque, nós perdemos um amigo, o nosso ídolo que é Maguito Vilela, mas além disso tudo, o Daniel perdeu o pai. Temos que dar muito apoio ao nosso presidente estadual. Passada essa fase, o Daniel tem liderança, tem carisma e prestígio, não só dentro do MDB mas na política goiana toda para conduzir esse processo que é do MDB para 2022, eu tenho certeza que ele irá conduzir com maestria. E nós chegaremos em 2022 pronto, como diz até o Gustavo, eu vi em entrevista, que o povo goiano tá com saudade das administrações do MDB a nível estadual, nas administrações e realizações de obras. Tenho certeza que vamos chegar em 2022 com um projeto muito sólido e um projeto que o povo goiano eu tenho certeza que estará junto com o povo goiano em 2022.

AT: A candidatura natural é de quem? Do Daniel Vilela ou do Gustavo Mendanha?

Carlos: A candidatura natural é de um projeto político que é do MDB. Eu tenho certeza que o Daniel e o Gustavo vão sentar e conversar. E nisso aí, o MDB está tranquilo. Temos dois excelentes nomes e vão sentar os dois e decidir o que tiver melhor eu acredito que será o candidato. São dois excelentes nomes, tanto o Daniel como o do Gustavo, então graças a Deus, estamos tranquilos. Nós temos um projeto. Quem será o piloto do projeto eu acredito que será um dos dois e o MDB estará muito bem representado.


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