Um vídeo tomou conta das redes sociais nesta quarta-feira (16/02) onde um médico que pertence a uma tradicional família da Cidade de Goiás, acorrenta seu funcionário, um homem negro, submetendo-o à condição análoga à escravidão.
“Falei para estudar, mas não quer, vai ficar na minha senzala’’, comenta o médico aos risos mostrando o que seria um funcionário acorrentado pelas mãos, pés e uma argola de aço no pescoço. A brincadeira parecia ser consentida com o rapaz, negro.
Em outro trecho do vídeo, o médico comenta: ‘’tenta fugir, pode ir embora’’, logo dispara risos tanto do médico quanto do homem negro que aparece na publicação. A filmagem teria sido feita em um colégio da zona rural localizado no município de Cidade de Goiás.
De acordo com o delegado da Cidade de Goiás, Gustavo Cabral, policiais civis buscam pelo suposto funcionário para ouvi-lo e entender se houve crime de racismo ou apologia à escravidão. Ainda de acordo com o delegado, a investigação irá determinar como conduzir o inquérito e para isso é necessário saber o que de fato aconteceu. Ainda de acordo com o delegado, o médico já respondeu por contra um servidor da saúde em um hospital da cidade.
Mais tarde, a Prefeitura da Cidade de Goiás emitiu nota repudiando o ato do médico. “O ato divulgado, sem explicação aceitável, causa profunda repulsa e deve ser objeto de investigação e apuração pela autoridade policial competente, para uma célere instrução e responsabilização nos termos da lei”, pontuou destacando que vai acompanhar de perto a apuração dos fatos.
A reportagem tentou entrar em contato com o médico, mas não conseguiu retorno até o fechamento desta reportagem.
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