O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao modelo de negócios das grandes empresas multinacionais de tecnologia durante a Cúpula do G77 + China, em Havana, no sábado (16). Lula condenou a concentração de riqueza, a falta de respeito pelas leis trabalhistas e o apoio ao extremismo por parte dessas multinacionais.
O encontro, que este ano é presidido por Cuba, aborda o tema “Desafios Atuais do Desenvolvimento: Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação”. O G77 + China, originalmente composto por 77 países-membros em 1964, agora inclui 134 nações em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina, após a união com a China nos anos 1990.
Lula também expressou sua oposição ao isolamento de Cuba por outras nações e rejeitou a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo. Ele defendeu o pacto global digital da ONU e pediu financiamento climático para os países em desenvolvimento.
Além disso, durante sua estadia em Havana, Lula terá uma agenda de trabalho com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, marcando a primeira viagem oficial de um presidente brasileiro ao país caribenho em nove anos.
Lula também viajará para Nova York, nos Estados Unidos, para fazer o primeiro discurso do debate geral da 78ª Assembleia Geral da ONU na terça-feira (19). Será a oitava vez que ele abrirá o debate geral dos chefes de Estado.
Durante sua estadia nos EUA, Lula participará do lançamento de uma iniciativa global para promoção do trabalho decente, juntamente com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e terá reuniões bilaterais, multilaterais e ministeriais com outros países e organismos internacionais. Ministros brasileiros o acompanharão para participar de várias reuniões temáticas nas áreas de direitos humanos, saúde e desarmamento. (Com informações da Agência Brasil)