A paralisação dos professores da rede municipal de Educação de Goiânia entra, nesta quinta-feira (31), em seu 17º dia. Sem acordo, os profissionais da categoria seguem em atos de manifestações por reivindicações do pagamento da data-base, reajuste do piso salarial em 33,24%, dentre outros benefícios.
A agenda, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), nesta manhã, é na Câmara Municipal de Goiânia. “Todos/as pressionando os/as parlamentares, em mais uma oportunidade, para que estejam ao lado da Educação, que cobrem do prefeito uma resposta”, frisa a entidade, em publicação de convocação realizada por meio das redes sociais.
O sindicato destaca, ainda, que, na última ação realizada, a Câmara havia se comprometido a cobrar agilidade da Prefeitura de Goiânia para apresentação da nova proposta, além de transparência às contas. A categoria também solicitou apoio ao Ministério Público de Goiás (MP-GO).
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que houve, na última segunda-feira (28), uma reunião com representantes do Sintego para a discussão das novas propostas. Os cálculos estão sendo feitos, segundo a pasta, pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) e uma nova reunião deverá ser agendada ainda nesta semana.
Com relação ao piso do magistério, a SME esclarece que a gestão municipal cumprirá integralmente o piso atualizado em 2022 pelo Governo Federal, com o reajuste de 33,2%. Para os professores que recebem acima do piso, entretanto, a proposta atual de aumento é de 7,5%, percentual já rejeitado anteriormente pela categoria.
Em nota, a Secretaria de Educação pontua, ainda, que compreende as demandas dos servidores e salienta que os novos cálculos estão levando em consideração a capacidade orçamentária e o limite prudencial da folha de pagamento do município, para chegar a um denominador comum. Além disso, a pasta destaca a defesa da ampliação do diálogo para chegar a um acordo.
Os servidores realizam, diariamente, atos de protestos em busca de um acordo. Nesta quarta (30), o Sintego percorreu, pela manhã, em caravanas nas escolas das regiões Sudoeste e Oeste. No período vespertino, houve panfletagem na Praça dos Bandeirantes. Na última terça-feira (29), a mobilização foi em frente ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
“Enquanto isso, nossas crianças ficam sem escolas. Não pela pandemia, mas pelo descaso de quem exige muito com um IPTU astronômico e com a irresponsabilidade de na hora de cumprir as Leis e ser exemplo, não cumpre”, pontuou o sindicato, em publicação nas redes sociais. “Os profissionais da Educação querem trabalhar, a Prefeitura de Goiânia tem que ser exemplo e valorizar todos que fazem a Educação na capital”, salientou a presidente da entidade, Bia de Lima, com a ressalva de que o Sintego está aberto ao diálogo, no aguardo da nova proposta.
Também na última terça-feira (29), o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed Goiânia) realizou um ato em frente ao Paço, com a solicitação da ampliação do diálogo para as negociações. “A prefeitura, desde o início da greve, continua com a mesma proposta rejeitada pela categoria”, frisou o sindicato, também por meio de publicação nas redes sociais. “Também é importante ressaltar que nenhum projeto de lei referente ao reajuste salarial foi enviado para a Câmara Municipal”, acrescentou o sindicato.