Dois professores foram detidos na manhã desta quinta-feira (31/03) durante um protesto dos servidores da rede municipal de educação de Goiânia, na inauguração do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) na Vila Areião. Um deles, subiu sobre o veículo oficial do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) danificando o carro, enquanto o outro “fazia ameaças”, de acordo com a Guarda Civil Metropolitana (GCM).
O alvoroço começou quando o republicano conversava com uma manifestante que protestava no local desde o início da cerimônia. Os servidores cobram o pagamento da data-base para os trabalhadores administrativos dos últimos dois anos e que estão pendentes, além de cobrarem o andamento nas negociações do piso nacional. O setor está em greve há 17 dias.
Quando o prefeito saiu no carro oficial, um dos professores subiu sobre o veículo. Antes disso, outro servidor fazia ameaças e jogava água sobre o prefeito, de acordo com a corporação. Guardas civis metropolitanos acabaram intervindo na situação e deteram os servidores que foram parar na Central de Flagrantes. Vídeos que o Diário de Goiás teve acesso e amplamente disseminados pelas redes sociais mostram o exato momento que um manifestante sobre o carro.
Por meio de nota, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) justificou o uso da força para intervenção e segurança de Rogério Cruz. “Para conter os manifestantes e garantir a segurança do prefeito, agentes da Guarda Civil Metropolitana intervieram, com uso progressivo da força, para desobstruir a passagem do veículo”, pontuou. “Durante as duas horas de evento, houve livre manifestação na rua. Na saída, o prefeito Rogério Cruz parou para conversar com uma professora, quando foi atacado por dois agressores, que atentaram contra a sua integridade física”.
A Prefeitura ainda pontuou que Rogério Cruz passou por “cenas de desrespeito e violência promovidas por alguns manifestantes”. Nas redes sociais, o prefeito reiterou o repúdio aos atos e prometeu apresentar uma proposta ainda nesta quinta-feira (31/03). “Como antecipei durante o evento, hoje à noite vamos apresentar uma proposta definitiva aos representantes de cerca de 30% dos profissionais que estão em greve para que haja o retorno integral das aulas aos mais de 100 mil alunos.”
A manifestação, puxada pelo Simsed, na porta do Cmei não foi a única realizada pelos servidores da Educação. Na Câmara Municipal de Goiânia, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) também pedia para que os parlamentares pudessem intervir de alguma forma. “Todos/as pressionando os/as parlamentares, em mais uma oportunidade, para que estejam ao lado da Educação, que cobrem do prefeito uma resposta”. O Sintego também chegou a ir ao Cmei cobrar a audiência.
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