21 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:23

‘Ninguém está perseguindo aposentados’, diz Temer

Presidente interino Michel Temer. (Foto: Agência Brasil)
Presidente interino Michel Temer. (Foto: Agência Brasil)

Sob críticas de centrais sindicais e entidades trabalhistas, o presidente Michel Temer fez uma defesa enfática nesta terça-feira (8) da reforma previdenciária que deve ser enviada ao Congresso Nacional no mês de dezembro.

Segundo ele, é necessário “colocar o dedo na ferida” e reduzir o atual deficit previdenciário que, segundo ele, pode gerar um “desastre no país”.

“Nós temos de pôr o dedo nesta ferida. Neste ano, teremos quase R$ 150 bilhões de deficit da Previdência Social e os Estados estão praticamente quebrados”, afirmou.

O presidente ressaltou, contudo, que a intenção do Palácio do Planalto não é perseguir aposentados, mas evitar que o deficit previdenciário chegue ao valor do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024.

Para ele, a reforma previdenciária é “quase uma consequência” da proposta do teto de gastos públicos, aprovada pela Câmara dos Deputados.

O presidente participou nesta terça-feira (8) do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pelo jornal “Valor Econômico” e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Destruir

No discurso, o peemedebista fez críticas ainda ao discurso dos partidos de oposição contra a proposta do teto de gastos públicos, que tramita atualmente no Senado Federal.

Segundo ele, a “pregação” feita é que o governo federal pretende “acabar com os trabalhadores” e “destruir o setor da saúde e da educação”

“Como se a nossa tarefa, ao chegar no governo federal, fosse destruir o setor da saúde e da educação. Acabar com os trabalhadores. Essa é a pregação que se faz”, criticou.

O peemedebista negou que que as duas áreas sofrerão impacto orçamentário. Ele reconheceu, contudo, que alguns setores “terão alguma dificuldade”.

“Não é um teto para saúde ou um teto para a educação, mas um teto geral. Então, remaneja-se de um setor para o outro. Evidentemente, alguns setores terão algumas dificuldades, mas elas estabelecerão um bloqueios para setores fundamentais ao país.”, afirmou.

Folhapress

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