O Atlético-GO encerrou mais uma temporada acumulando frustrações dentro e fora de campo. Eliminado precocemente na Copa do Brasil, derrotado no Campeonato Goiano e incapaz de se manter vivo na briga pelo acesso à Série A, o clube rubro-negro vive um de seus momentos mais delicados nos últimos anos. Para o comentarista Nilton César, o cenário é reflexo direto da má fase do presidente Adson Batista, que, segundo ele, deixou de ser referência na montagem de elencos e decisões estratégicas.
“O Adson hoje é coadjuvante no futebol goiano. Ele precisa acordar e voltar a ser protagonista. Já foi bom, mas não está sendo”.
A primeira queda do ano veio ainda na segunda fase da Copa do Brasil, quando o Atlético-GO foi eliminado pelo Retrô, nos pênaltis — rival que, meses depois, acabaria rebaixado para a Série D. A derrota, considerada vexatória por muitos torcedores, representou o início de uma temporada marcada pela instabilidade.
No Campeonato Goiano, o Dragão chegou com o status de tricampeão estadual, mas foi novamente surpreendido ao cair nas semifinais para o Anápolis, deixando escapar a chance do tetracampeonato.
De acordo com Nilton César, a desorganização na montagem da equipe foi um dos principais fatores para a campanha irregular. Ele lembra que o clube contratou mais de 33 jogadores ao longo do ano, além de promover diversas trocas de treinadores.
“O Atlético montou um time para o Goiano, depois precisou mudar tudo de novo no Brasileiro. Isso mostra que alguma coisa está muito errada”.
O comentarista também relembrou decisões que, na sua visão, prejudicaram o planejamento. Entre elas, as demissões de Rafael Guanaes, hoje valorizado no cenário nacional. “Como é que um técnico que hoje é revelação no país não serve para o Atlético?”, questionou.
Mesmo apontado no início do ano como um dos candidatos ao acesso, o Atlético-GO não conseguiu sustentar uma campanha consistente. Longe do G-4 durante boa parte da competição, o time abandonou cedo o sonho de retornar à Série A.
Nilton reforça que o clube vive hoje mais da memória recente do que da performance atual: “O Atlético está vivendo do que fez algum tempo atrás. Hoje, está distante de ser o que já representou. É preciso autocrítica.”
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