22 de dezembro de 2024
Política

Nilo Resende e o corporativismo turbinado

Mais que partido ou grupo político, o espírito de corpo falou mais alto na Assembleia Legislativa de Goiás. A indicação do deputado estadual Nilo Resende (DEM) para o Tribunal de Contas dos Municípios foi aprovada por unanimidade.

Uma decisão unânime e inquestionável. O deputado ‘turbinado’ foi dispensado da tradicional sabatina realizada pela bancada oposicionista.

“Vamos fazer uma oposição contundente na Casa”, disse o líder da bancada peemedebista, Bruno Peixoto, no início da legislatura. Águas passadas. O negócio agora é comemorar a aposentadoria garantida do companheiro de trabalho.

“Ele vai para o T – Céu – M”, brincou um parlamentar.

O TCM – cuja extinção foi discutida pelo governador – é integrado por sete conselheiros, sendo quatro escolhidos pela Assembleia e três pelo governador, com aprovação dos deputados.

Sua função é fiscalizar os gastos dos municípios.

A indicação de Nilo Resende, em substituição ao ex-conselheiro Jossivani de Oliveira, foi feita pela própria Assembleia em projeto apresentado pelo deputado Túlio Isac (PSDB).

Nilo Resende é natural de Araguari, Minas Gerais, nascido em 2 de maio de 1959, filho de Onício Resende e Aparecida Fátima de Resende, pai de três filhos e casado com Ester Donina de Resende.

Foi eleito deputado estadual pela quarta vez, em 2010. Não tem curso superior. Mas, e daí? Ele mesmo se defendeu hoje, em O Popular: “Embora tenha curso superior incompleto, tenho mais notoriedade jurídica que muitos advogados e promotores. Há 15 anos atuo na Assembleia tratando de Leis.”

Muito espirituoso mesmo esse novo conselheiro, não?


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