“Pela memória de Mayara e todas as manas assassinadas”
É com essa frase que um grupo de mulheres feministas, professoras e funcionárias da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) irão se reunir nesta quarta-feira (16) contra o feminicído e em memória de Mayara Amaral, mulher estuprada, morta a marteladas e carbonizada pelo homem a quem estava apaixonada.
O evento, criando no facebook, já tem confirmado aproximadamente 400 pessoas, entre homens e mulheres. De acordo com a organização, o evento é aberto para o público, pois trata-se de um forma de conscientização da sociedade contra a morte por questões de gênero.
Na ocasião, serão realizadas oficinas de cartazes e meditação, cortejo com o grupo Coró Mulher, sarau de música, leituras, abraços simbólicos e ainda a instalação de um grande violão com flores.
A iniciativa surgiu de um coletivo de feministas indignadas com a morte de mais uma mulher no Brasil e a forma como a mídia tratou o caso da Mayara. Segundo Cida Alves, porta voz do grupo, a imagem da Mayara não pode ser manchada. “Nós não vamos mais tolerar morte de mulheres. […] Muitas vezes essas mortes acontecem por motivos fúteis”, indaga.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o crime de femicicídio lei 13.104/2015, criado em 2015, já registrou 4,8 mortes para 100 mil mulheres, no Brasil. O país ocupa o quinto lugar no mundo e o Estado de Goiás o segundo lugar de todos os estados brasileiros.
O evento acontecerá na próxima quarta-feira (16/08), das 16 às 18 horas, no Emac, UFG.
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