Em entrevista à Rádio CBN Brasil, nesta terça-feira (29, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB) afirmou que não entendeu as ações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que veio a Goiânia no dia das eleições para dar apoio ao seu candidato Fred Rodrigues (PL). Segundo Caiado, Bolsonaro teve atitudes “deselegantes e até agressivas” contra ele, fator que causou uma estranheza no governador que se declarou pré-candidato a Presidência da República nas eleições de 2026.
“Ninguém entendeu, nem eu entendi, imagina o resto do Brasil. Por que o Bolsonaro vem para Goiânia várias vezes, no segundo turno de uma maneira deselegante comigo e até agressiva, depois vem no dia da eleição ficar aqui das 8h da manhã até às 18h da tarde. Aí foi almoçar em restaurante, dando entrevista e tudo, bem no dia da eleição”, disse Caiado ao responder sobre o estranhamento entre os partidos de direita em Goiás.
Realmente é uma decisão já tomada por mim de ser candidato, isso não quer dizer que por uma decisão tomada, precisa de ter em relação a uma pessoa que sempre o ajudou em todas as campanhas eleitorais, uma atitude de querer me derrotar no meu Estado e na minha capital. É um desrespeito a minha história, porque eu sempre o apoiei em todas as campanhas e ele não.
Caiado em conversa com os jornalistas Mílton Jung e Cassia Godoy, relembrou que em sua reeleição, Bolsonaro lançou um candidato contra ele em uma campanha explícita. “Eu os derrotei no primeiro turno. Agora, depois de todo o entendimento nosso, depois da eleição de 2022, vem novamente essa segunda etapa, ou seja, nós tivemos uma conversa, tudo bem, daí a pouco lança-se candidatos no Estado, sem nenhuma prática da boa política”, afirmou.
Eu acho que essa eleição foi uma grande lição para dizer que, olha, tem que repensar para ganhar a eleição, tem que ter equilíbrio, tem que ter moderação, tem que ter sensibilidade em buscar candidatos que sejam competitivos e buscar alianças políticas, senão será mais uma derrota em 2026.
Por fim, Caiado questiona o significado de Bolsonaro trazer todo o seu aparato político para dentro de Goiânia. “A atitude foi dele, não partiu hora nenhuma de nós. Eu sempre fiz a política conciliando. Ele quem veio com essa postura, trouxe aqui deputados federais do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, trouxe senadora de Brasília, ex-primeira dama, quer dizer, enfim, ele trouxe todo o aparato político para dentro de Goiânia. Ora, qual é o significado disso? Para quê? Por que querer me derrotar?”, questionou.
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