22 de dezembro de 2024
Saúde

Negociações sobre autotestes para dengue estão em andamento, diz presidente da Anvisa

Segundo Torres, mais de 150 testes para diagnóstico da dengue estão registrados pela Anvisa, mas nenhum se classifica na categoria autoteste
Segundo Barra Torres, atualmente, mais de 150 testes para diagnóstico da dengue estão registrados pela Anvisa. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
Segundo Barra Torres, atualmente, mais de 150 testes para diagnóstico da dengue estão registrados pela Anvisa. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, desta última segunda-feira (11), o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres informou que as tratativas para a comercialização de autotestes para dengue no Brasil já estão em andamento junto ao Ministério da Saúde.

Segundo Barra Torres, atualmente, mais de 150 testes para diagnóstico da dengue estão registrados pela Anvisa e, portanto, têm utilização autorizada em território nacional. Nenhum deles, entretanto, se classifica na categoria autoteste. “Essas tratativas já estão em andamento”, reforçou Antônio.

A dengue é uma doença de notificação compulsória. Então, é necessário que haja uma política pública gerada pelo Ministério da Saúde nesse sentido e que contemple, mesmo no caso do autoteste – aquele que o próprio cidadão poderá realizar – um mecanismo para que os sistemas de monitoramento sejam notificados, de modo que se possa justamente computar os casos em todo o Brasil.

Antônio Barra Torres

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra mais de 1,5 milhão de casos prováveis e 391 mortes pela doença. A Anvisa anunciou, na última semana, que os pedidos de registro dos testes utilizados em laboratórios e farmácias para identificar a dengue são prioridade da agência.

Uso de repelentes

Durante a entrevista, Torres também abordou a questão dos repelentes, visto que a agência também é responsável por autorizar o comércio dos produtos no país. “O cidadão, quando vai a uma farmácia sabidamente certificada e inspecionada, terá certeza de que ali estão sendo comercializados produtos que foram avaliados pela agência”, pontuou.

Segundo o presidente da Anvisa, o repelente é, de fato, uma estratégia muito importante. Ele também garantiu que o país não registra desabastecimento do produto nas prateleiras. “Temos mais de 600 registros de repelentes no Brasil e nada nos leva a crer, neste momento, que possa haver algum tipo de desabastecimento”, concluiu.


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