14 de novembro de 2024
Destaque 2

“Não vamos expulsar, mas vamos botar ordem”, diz Iris sobre pit-dogs

Fotos de Iris e demais agentes serão retiradas. Foto: Jackson Rodrigues- Prefeitura de Goiânia
Fotos de Iris e demais agentes serão retiradas. Foto: Jackson Rodrigues- Prefeitura de Goiânia

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, afirmou nesta quinta-feira (12) que não expulsará os pit-dogs de seus recintos na cidade. Contudo, o prefeito garantiu que vai regulamentar o setor, que é alvo de uma ação do Ministério Público (MP) para anular as concessões.

Segundo Iris, é preciso ter regras para que os estabelecimentos não roubem espaços de convívio social, especialmente numa metrópole com crescimento demográfico em alta.

“É um problema pelo índice de crescimento de Goiânia, que caminha rapidamente para 2 milhões de habitantes. Temos que estabelecer uma legislação para que o crescimento não traga prejuízos à vida da população. Não é justo que um pit-dog ocupe uma praça que deveria estar reservada para a criança e para a família. Não vamos, em hipótese alguma, expulsar os detentores de pit-dogs de Goiânia, mas vamos botar ordem, com respeito aos seus proprietários, mas com respeito também à população”, disse o prefeito.

Versão dos pit-dogs

O presidente do Sindicato dos Proprietários de Pit-dogs e Lanches (Sindpit-dog), Ademildo Pereira, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia que o setor é favorável à fiscalização e até mesmo ao estabelecimento de novas regras, desde que que a lei não retroaja para prejudicar os empreendedores já estabelecidos.

“O acordo que queremos fazer é que licite a partir de agora. Legalize os que estão aí. Crie regras claras, deem um prazo para que as pessoas possam se adequar. Não dá para retroagir a lei para prejudicar o cidadão”, ponderou.

Conforme Pereira, os 1602 pit-dogs de Goiânia empregam 10 mil pessoas na cidade. Se a ação do MP inviabilizar o funcionamento do setor, o Sindpit-dog prevê uma tragédia econômica.

O sindicato pediu também que as novas regras municipais sejam mais claras e prevejam tempo para que o empresário possa se adequar. O presidente cita que há várias legislações com curto prazo para regulamentação que causam problemas ao setor.

“De ano em ano, dois em dois anos, têm mudanças para cumprirmos. Isso dificulta. Queremos uma regra mais clara. Se vai licitar, até porque entramos antes da lei, licita a partir de agora. A Prefeitura pode abrir um prazo para que as pessoas se adequem”, pontuou.


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