31 de agosto de 2024
Brasil

“Não troco minha dignidade pela minha liberdade”, diz Lula em carta

(Foto: EBC)
(Foto: EBC)

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva pode ter sua pena progredida para o regime semiaberto, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Nesta segunda-feira (30/09) em carta escrita a próprio punho, Lula disse que, na realidade, os procuradores da Lava Jato ‘devem’ “pedir desculpas ao povo brasileiro, aos milhões de desempregados e à minha família”. A carta foi lida por seu advogado de defesa, Cristiano Zanin.

O MPF pediu na última sexta-feira (27/09) que o ex-presidente, preso desde abril de 2018, vá para o regime semiaberto. 

Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o caso do triplex no Guarujá, no litoral paulista, ele sustenta a tese de que se trata de um preso político e que sofre perseguição. “Tenho plena consciência das decisões que tomei nesse processo e não descansarei enquanto a verdade e a Justiça não voltarem a prevalecer”, afirmou na carta.

Lula também disse que não aceita seus direito sejam ‘barganhados’ e sustentou que as acusações que fazem contra ele, ‘são falsas’. “Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade. Já demonstrei que são falsas as acusações que me fizeram. São eles e não eu que estão presos às mentiras que contaram ao Brasil e ao mundo”, completou.

Confira a carta na íntegra:

“Ao povo brasileiro,

Não troco minha dignidade pela minha liberdade.

Tudo o que os procuradores da Lava Jato realmente deveriam fazer é pedir desculpas ao povo brasileiro, aos milhões de desempregados e à minha família, pelo mal que fizeram à Democracia, a Justiça e ao País.

Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade. Já demonstrei que são falsas as acusações que me fizeram. São eles e não eu que estão presos às mentiras que contaram ao Brasil e ao mundo.

Diante das arbitrariedades cometidas pelos procuradores e por Sérgio Moro, cabe agora a Suprema Corte corrigir o que está errado, para que haja Justiça independente e imparcial. Como é devido a todo cidadão.

Tenho plena consciência das decisões que tomei nesse processo e não descansarei enquanto a verdade e a Justiça não voltarem a prevalecer.”


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