07 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:07

“Não tivemos resposta”, diz comandante da PM sobre horário de funcionamento de bares e distribuidoras

O Comandante do Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Ricardo Rocha, criticou a demora da Prefeitura de Goiânia e da Câmara dos Vereadores em se posicionar sobre a sugestão da Polícia Militar (PM), sobre o horário de fechamento de bares e distribuidoras de bebidas de Goiânia.

Em entrevista à Rádio Vinha, Ricardo Rocha afirmou que a discussão já foi colocada aos órgãos mas não obteve respostas. “Em relação as distribuidoras de bebidas, já entregamos o ofício na Câmara dos Vereadores, pedi audiência pública, tornei pública, mas também não obtivemos resposta. Nós tivemos cinco homicídios em bares e distribuidoras a partir daquela data que foi divulgada, mas não tivemos nenhuma resposta e os crimes ocorrem. Os órgãos estão alheios, são coisas que não vão resolver o problema, mas é preciso minimizar”, disse ele.

De acordo com dados do Observatório da Segurança Pública (SSPAP), dos homicídios registrados na capital em 2016, cerca de 20% ocorreram em ambientes de bares e distribuidoras de bebidas ou nas suas proximidades, geralmente entre 23h e 6h.

No documento enviado à Câmara Municipal de Goiânia, em março deste ano, a Polícia Militar (PM-GO) pede o envolvimento de toda a sociedade em um debate para elaborar medidas que reduzam a um número significativo de mortes nesses locais ou nas proximidades.

Entre as propostas está a edição de uma lei que possibilite a restrição do horário de funcionamento desses estabelecimentos. Segundo o comandante, no entendimento da corporação, bares, distribuidoras, restaurantes, entre outros, poderiam ter o horário de funcionamento até meia-noite às às segundas, terças, quartas, quintas-feiras e domingo e até às 2h às sextas e sábados.

O objetivo do envio desse documento intitulado “Pacto pela Vida em Goiânia” pretende garantir que a capital dê um salto significativo na redução dos índices de homicídio.

“A PM quer a participação dos órgãos e da população, mas até agora não tivemos nenhuma resposta”, ressaltou Ricardo Rocha.

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