22 de dezembro de 2024
"Covardão"

“Não teve coragem de executar o que planejou”, afirma Lula sobre suposto plano de golpe de Bolsonaro

O presidente falou sobre as informações advindas das investigações da suposta trama de golpe de Estado, que vieram à tona após quebra de sigilo
As declarações foram feitas por Lula na primeira reunião ministerial do ano. Foto: Ricardo Stuckert / PR
As declarações foram feitas por Lula na primeira reunião ministerial do ano. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou a importância dos comandantes das Forças Armadas contra a instauração de um suposto golpe de Estado arquitetado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Na reunião ministerial, Lula chamou Bolsonaro de “covardão”, e afirmou que ele “não teve coragem de executar aquilo que planejou”, fazendo referência aos relatos dos ex-comandantes no inquérito da Polícia Federal (PF), que vieram à público na última semana, após quebra de sigilo.

Lula defendeu que os planos de Bolsonaro só não se concretizaram devido a falta de apoio das Forças Militares. “Hoje temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022. E não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do presidente, mas porque o presidente é um covardão, não teve coragem de executar aquilo que planejou”, declarou Lula.

Baseado nas informações que vieram à tona após quebra de sigilo das declarações dos ouvidos nas investigações pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (15), Lula defendeu que, ao seu ver, houve sim a tentativa de golpe, claramente expressa. “Como não deu certo o golpe, eles agora estão dizendo estamos ferindo a democracia, que eles eram inocentes, que apenas fizeram discussões, que não houve nada de concreto, mas sabemos que houve a tentativa de um golpe nesse país”, destacou.

Por fim, o presidente mandou um recado aos ministros presentes na primeira reunião ministerial de 2024. “Temos que fazer um esforço imenso para garantir que a Constituição seja respeitada, para garantir que as instituições que garantem a democracia continuem funcionando, para garantir que a relação entre o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário continue cada vez mais harmônica”, pontuou Lula.


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