21 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 12/02/2020 às 23:53

“Não queremos ganhar no Tapetão”, afirma Buonaduce sobre eleições na OAB

O candidato derrotado nas últimas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil- seccional Goiás, pela chapa OAB Forte, Flávio Buonaduce, se manifestou quanto a liminar da Justiça Federal que suspendeu o deferimento dos registros de integrantes da chapa OAB Que Queremos, cujo presidente eleito foi Lúcio Flávio Paiva. A ação foi movida pela OAB Forte. Flávio Buonaduce explica que não tentativa de se ganhar nada no “Tapetão”.

“Além de deselegante (declaração do presidente dada no ato de diplomação) equivocada. Existe uma diretoria hoje. Não houve anulação da eleição. Não existe discussão com relação a segundo pleito, uma segunda etapa de eleição. Eleição acabou novembro passado. Não queremos ganhar nada no tapetão. Temos que respeitar uma diretoria que foi empossada”, argumentou.

Questionado pelo Diário de Goiás se há o interesse de que novas eleições sejam realizadas, Buonaduce afirmou que não. Ele explicou que a intenção é que as regras sejam cumpridas. O ex-candidato destacou que a ação não foi movida agora, mas sim ainda dentro do processo eleitoral.

Ele afirmou que as três chapas tiveram integrantes com registros impugnados e havia a necessidade de substituição. Para Buonaduce atualmente o grupo OAB Forte apenas tem acompanhado a ação, desde que houve a impetração. O advogado entende que a decisão veio tardiamente.

“O que a gente esperava era o cumprimento de regras eleitorais. O que nós esperávamos era de que houvesse a substituição de candidatos, como fizemos, como a outra chapa fez. É um processo natural a substituição de pessoas que por questão técnica não puderam participar. O que buscávamos a época que a chapa fizesse as substituições. Agora é uma questão de esperar a justiça, isto não está mais conosco. O mandado de segurança tem esta vertente de respeito ao regramento jurídico. O que cabe ao poder judiciário se manifestar se está correto ou não o posicionamento do conselho federal se colocou corretamente, não de chapa A ou B, quando reformou a decisão da comissão eleitoral”, destacou.

Para Flávio Buonaduce avalia que a juíza acertou a não conceder o contraditório neste caso por se tratar de um mandado de segurança, pois houve um descumprimento de um regramento jurídico e o poder judiciário poderia fazer esta fiscalização.

Flávio Buonaduce classificou que as manifestações feitas pelo presidente Lúcio Flávio sobre o fato são infelizes. Ele fala que o advogados deveria se portar como um estadista, por representar toda a categoria.

No mínimo infeliz. O presidente precisa lembrar que as eleições se encerraram em novembro passado e hoje ele é presidente da seccional. A posição dele tem que ser diferente, tem que ser de estadista, tem que representar a advocacia e o primeiro a respeitar as regras jurídicas, inclusive as decisões judiciais. Todo aquele calor do período eleitoral ficou no passado, hoje não estamos discutindo mais eleição, mas uma questão de observância do regramento jurídico brasileiro.

Relembre a história

Foi concedida liminar da Justiça Federal que suspendeu o deferimento dos registros de candidatura de Arcênio Pires da Silveira, Marisvaldo Cortez Amado e Thales José Jayme integrantes da chapa OAB Que Queremos, eleita no último mês de novembro para o comando da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO).

A decisão liminar é da juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara do Distrito Federal (DF). A magistrada alega que os advogados citados acima concorreram às eleições, sem as condições de elegibilidade exigidas.


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