O presidente da comissão metropolitana do Partido Progressistas (PP), Paulo Daher, foi intimado a prestar depoimento na Delegacia Estadual de Investigações (Deic), nesta terça-feira (13), a respeito de inquérito que investiga crimes nas convenções do partido. Em entrevista coletiva à imprensa, o político afirmou responder aos questionamentos “com o maior respeito”. Além disso, ponderou não ter existido fraude com relação às atas.
“É um absurdo. Não houve isso em momento algum. Nós conduzimos todo o trâmite, dentro da legalidade, fizemos a publicação do edital, fizemos a convenção com todos os pré-candidatos, foi uma convenção técnica. Temos uma lista de presença com todos os que estavam ali. A ata foi lida. Então, não ouve fraude em momento algum. O que houve foi uma ação extemporânea, movida por forças ocultas após uma convenção que foi registrada”, relatou.
Questionado se o processo poderia interferir em sua candidatura ou gerar uma nova expulsão da presidência do partido, Daher reiterou que “a decisão já foi tomada” em convenção realizada com membros da sigla. “Está tudo dentro da legalidade. Não vai influenciar em nada”, disse, com a afirmativa de que tudo ocorreu com “lisura, ética e transparência”, dentro da legalidade. “Fizemos uma convenção com a Comissão Executiva do partido, onde 12 dos 19 assinaram essa ata”, salientou.
Sobre os adjetivos utilizados por Alexandre Baldy em sua referência, Daher disse ter respeito e carinho pelo presidente estadual do PP, que o acolheu na sigla. Além disso, alegou ter feito os pedidos (para que o PSD apoiasse a candidatura de Alexandre Baldy ao Senado em 2026 e para que a irmã do dirigente estadual, Millene Baldy, continuasse na Secretaria Municipal de Educação), pensando na ampliação do partido.
“Eu não penso política para amanhã. Eu penso política para daqui há quatro anos, dez anos. E nós temos o Alexandre como um nome competitivo, queremos que ele esteja ocupando o Senado. Então, isso faz parte das tratativas”, enfatizou. “Hoje o PP, em Goiânia, participa de uma chapa musculosa, de um candidato a prefeito que realmente disputa as eleições, com uma chapa extremamente competitiva, que consegue eleger de três a cinco vereadores. Então, não tem porque essa conversa chegar nesse nível”, ressaltou Daher.
Com relação ao apoio à Vanderlan, Daher disse que a comissão estadual do partido teria deixado o diretório municipal livre para dialogar com todos os pré-candidatos majoritários. “O melhor caminho que desenvolveu, que nos deu melhores condições, foi com o Vanderlan”, frisou, com a ressalva de que a ata “foi lida durante a convenção inteira e aprovada por aclamação”.
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