15 de agosto de 2024
Mundo • atualizado em 12/02/2020 às 23:44

Não há evidência que a presidente da Argentina tenha cometido qualquer crime, diz juiz

Buenos Aires – O juiz federal Daniel Rafecas, que indeferiu nesta quinta-feira a denúncia contra a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por supostamente acobertar um grupo de terroristas iranianos, afirmou que não há evidência de que ela tenha cometido qualquer crime.

O juiz disse que “não estão dadas as mínimas condições para iniciar uma investigação penal” a partir da denúncia apresentada pelo promotor Alberto Nisman em 14 de janeiro, informou o Centro de Informação Judicial.

Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro, quatro dias depois de acusar a presidente, o chanceler Héctor Timerman, um deputado governista, um dos supostos espiões e dirigentes sociais próximos ao governo de terem participado de um plano para “garantir a impunidade” dos oito iranianos acusados do ataque a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994, que provocou a morte de 85 pessoas.

A morte de Nisman, que é investigada pela polícia, gerou uma crise política e institucional no país.

A denúncia de Nisman havia sido levada adiante dias atrás pelo promotor Gerardo Pollicita, que apresentou novamente acusação ao entender que havia suspeitas fundadas para investigar a presidente e havia pedido ao juiz que avaliasse uma série de provas para avançar na investigação.

Porém, segundo Rafecas, nenhuma das hipóteses defendidas por Pollicita “se sustentam minimamente”.

A decisão do juiz pode ser apelada por Pollicita ante o fiscal da Câmara Federal, Germán Moldes.

Fonte: Associated Press.

(Estadão Conteúdo)


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