15 de agosto de 2024
Cidades

“Não existe possibilidade de desenvolvimento econômico que não seja o sustentável”, defende deputado Francisco Jr

Francisco Jr. (Foto/Divulgação)
Francisco Jr. (Foto/Divulgação)

Cerca de 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados por ano no Brasil. Os números assustadores são fornecidos pela Universidade Federal de Lavras (MG), que é sede do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), que é um ramo da ecologia responsável por estudar os efeitos das estradas, rodovias ou ferrovias, sobre a biodiversidade. O projeto, criado em fevereiro de 2014, tem o objetivo desenvolver atividades de pesquisa, capacitação de recursos humanos e desenvolvimento e repasse de tecnologia em temas relacionados a Ecologia de Estradas.

Segundo dados fornecidos pelo CBEE, cerca de 15 animais são atropelados por segundo nas estradas brasileiras, o que em um dia representa mais de 1,2 milhões e, em um ano, aproximadamente 473 milhões de animais. A grande parte desses animais são pequenos vertebrados, como sapos, pequenas aves e cobras, mas ainda assim cerca de 40 milhões de animais de médio porte, como macacos, gambás e grandes aves, e 5 milhões de grande porte, como antas, capivaras, onça-pintadas e lobos-guarás, são mortos em estradas brasileiras. É necessário que se note a importância desses dados e as consequências que eles podem trazer para o bioma do qual esses animais fazem parte.

*Estado de Goiás*

O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, o segundo bioma mais produtivo do país e a savana com a maior biodiversidade do planeta, porém, é também o bioma que mais sofre com o desmatamento, superando até mesmo a Amazônia, e medidas que busquem proteger esse bioma se tornam cada vez mais necessárias.

O deputado estadual Francisco Jr (PSD), é um agente político atento para as questões ambientais, que segundo ele se mostram de extrema importância quando nos atentamos para o futuro e desenvolvimento do nosso estado, “Não existe possibilidade de desenvolvimento econômico que não seja o sustentável. Por isso é importante que o Estado assuma relevante papel de indutor e de principal ator na construção de políticas públicas que considerem a inter-relação entre justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a necessidade de desenvolvimento com capacidade de suporte”, explica.

Atento a essas demandas o deputado é criador e atual presidente da Frente Parlamentar do Cerrado, que criada em 2015, tem por objetivo promover a conservação e o uso sustentável do bioma cerrado. Dentre as atividades realizadas pela Frente se destacam a de prevenção e conscientização da população sobre ações que possam ser prejudiciais ao Cerrado e o acompanhamento e estímulo de atividades do poder público no sentido de proteger o cerrado de qualquer tipo de agressão humana.

Além de presidir a frente, Francisco Jr também atua na criação de projetos de lei que possam beneficiar o cerrado, com destaque para o projeto de lei apresentado em dezembro de 2017, que dispõe sobre a criação de ecodutos, uma espécie de ponte verde que auxilia os animais a atravessarem estradas, rodovias e ferrovias no estado de Goiás.

Ao justificar o projeto, o deputado cita a diversidade da flora que existe em Goiás, “No ambiente do Cerrado são conhecidos, até o momento, mais de 1.500 espécies de animais, entre vertebrados (mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios) e invertebrados (insetos, moluscos, etc.). Cerca de 161 dos 524 espécies de mamíferos do mundo estão no Cerrado. Apresenta 837 espécies de aves, 150 espécies de anfíbios e 120 espécies de répteis”. 

Segundo Francisco Jr, a criação e implantação de corredores ecológicos, os chamados ecodutos, permite a movimentação segura de animais, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações.


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