O ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas, Jayme Rincón, disse em depoimento à Polícia Federal que os recursos não contabilizados identificados em investigação não eram para o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), candidato ao Senado. Ex-coordenador das campanhas tucanas ao governo estadual em 2010 e 2014 disse à PF que os recursos foram para outros candidatos, cujos nomes ele não revelou.
As informações estão em reportagem exclusiva publicada pelo jornal O Popular. A reportagem teve acesso ao conteúdo do depoimento de Jayme, tomado na sexta-feira pela Polícia Federal. Nele, o ex-coordenador financeiro das campanhas do PSDB disse que as doações feitas a Marconi foram legais e devidamente informadas à Justiça Eleitoral, que julgou e aprovou as contas de campanha do PSDB em 2010 e 2014.
O depoimento de Jayme confirma o que vem afirmando o advogado do ex-governador. Em nota emitida na sexta-feira (28/9), dia em que a operação foi realizada, Carlos Antônio de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que os procedimentos eram precipitados e desnecessários, já que a apuração já estava em curso e o PSDB já havia demonstrado que as doações foram declaradas segundo a legislação vigente e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Kakay argumentou que a operação tem cunho estritamente eleitoral, com o objetivo de alterar o resultado da disputa para o Senado.
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