O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (24) que não é problema dele se o juiz Sergio Moro decidir adiar a data de seu depoimento, previsto inicialmente para o dia 3 de maio.
Antes de participar de um evento do PT em Brasília, Lula afirmou que não havia sido informado sobre o pedido da Polícia Federal a Moro para adiar seu depoimento à Justiça.
Questionado pela reportagem se preferia falar agora ou depois na ação sobre o tríplex em Guarujá (SP), Lula limitou-se a dizer: “Não é problema meu”.
Segundo a reportagem apurou, Moro cogita adiar o depoimento do petista e comunicou a decisão à cúpula da PF, em reunião em Curitiba, há algumas semanas.
A polícia argumentou que precisaria de mais tempo para organizar a segurança no local e que o feriado do Dia do Trabalho, 1º de maio, dificultaria ainda mais a operação.
Aliados do ex-presidente afirmam que a decisão de Moro é política e que visa apenas a desmobilizar a militância petista, que se preparava para fazer um grande ato contra Moro e a Lava Jato em Curitiba.
A defesa de Lula o havia orientado a responder objetivamente as perguntas do juiz, deixando a disputa política para “as ruas”.
O PT e movimentos alinhados ao partido preparavam forte mobilização para apoiar o ex-presidente. Caravanas estavam partindo de diversos pontos do país para Curitiba.
O processo em que Lula será ouvido é relacionado ao episódio do tríplex em Guarujá, litoral de São Paulo, em que o ex-presidente é acusado de ter recebido vantagens indevidas da empreiteira OAS. (Folhapress)
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