O promotor Paulo Sérgio Castilho, do Juizado Especial Criminal (Jecrim), de São Paulo, disse nesta quarta-feira (4) que é necessário tornar a punição contra violência praticada por torcidas organizadas de futebol mais rigorosas, com mudança também da legislação.
“Nos moldes em que estão agindo, essas associações não deveriam existir”, afirmou o promotor. Na ocasião, Castilho sugeriu a realização de um plebiscito para saber se a sociedade quer o fim dessas torcidas organizadas.
Entre os fatos ocorridos neste domingo (3) em vários locais de São Paulo e Região Metropolitana, houve envolvimento de integrantes das torcidas Mancha Verde e da Gaviões da Fiel e também entre Palmeiras e Corinthians.
As brigas causaram danos ao patrimônio público e a morte de uma pessoa que estava fora do conflito, próximo à Estação São Miguel Paulista, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Para o promotor, as medidas de segurança adotadas controlaram as brigas que aconteciam nos estádios e entorno dele. No entanto, a violência aumentou nos locais mais distantes, praticada sob comando dos dirigentes das torcidas organizadas, segundo Castilho.
Ainda de acordo com o promotor, as medidas contra a violência dessas associações são “insuficientes para coibí-la”. Atualmente há mais de 180 torcedores obrigados a se manter afastados dos campos de futebol por terem cometido alguma infração contra o Estatuto do Torcedor. Segundo Castilho, em 95% dos casos, a punição é cumprida.
Na tarde desta segunda-feira (4) será realizada uma reunião entre o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, representantes da Federação Paulista de Futebol, do Ministério Público e do Judiciário.
Com informações da Agência Brasil
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