Com o prazo de se manifestar como testemunha de defesa na Operação Zelotes até sexta-feira (5), a presidente Dilma Rousseff (PT) entregou ofício à Justiça do Distrito Federal nesta quarta-feira (3) informando que não possui qualquer informação ou declaração a prestar sobre fatos ou pessoas citadas no processo.
“Esclareço à Vossa Excelência que não detenho qualquer informação ou declaração a prestar acerca dos fatos narrados na denúncia ofertada nos autos da Ação Penal nº 70091-13.2015.4.01.3400, em curso nesse juízo, ou sobre as pessoas indicadas na referida denúncia”, diz a presidente.
O ofício é assinado pelo subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, Jorge Rodrigo Araújo Messias, e contem anexada a resposta de Dilma. O documento ainda informa que o requerimento feito por Valadão não traz “qualquer elemento que justifique a indicação de Sua Excelência como testemunha na denúncia”.
Além disso, a ex-servidora da Casa Civil teria atuado para impedir, de acordo com a denúncia, o veto de emendas ao texto de uma das medidas provisórias. No entanto, o ofício ressalta que as emendas foram vetadas pela presidente. Também foi pedido o indeferimento de novas solicitações de depoimento de Dilma.
Outros políticos também arrolados no processo como testemunha enviaram documentos nesta quarta-feira. O senador Walter Pinheiro (PT) afirmou, por ofício, que não possui “qualquer informação ou declaração que possa ser prestada acerca dos fatos relacionados à denominada Operação Zelotes”.
Assim como o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), que não detém “qualquer declaração a ser prestada a esse d. Juízo acerca do alegado na denúncia formalizada pelo Ministério Público Federal”. Segundo o deputado, sua atuação “se restringiu exclusivamente à relatoria das matérias nas sessões de discussão e votação no âmbito da Câmara dos Deputados”.
O senador Agripino Maia (DEM) informou que desconhece “qualquer fato eventualmente ocorrido fora do recinto parlamentar”.
A Operação Zelotes investiga a manipulação de julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, além de suposta compra de medidas provisórias (MP).
Com informações da Agência Brasil
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