Após a eleição do vereador Anselmo Pereira (PSDB) para a presidência da Câmara Municipal de Goiânia, o parlamentar afirmou que o prefeito Paulo Garcia (PT) vai ter que ouvir a opinião dos vereadores em relação ao projeto que atualiza a Planta de Valores da capital.
“Nós já oferecemos uma equação para a Prefeitura de Goiânia. Eu mesmo estive com o secretário de Finanças, Jeovalter [Correia], e expliquei que nós não podemos atualizar tudo de uma vez só. Qual é o cidadão que teve aumento em sua receita de quase 40%?”, disse.
Em entrevista à Rádio 730, nesta sexta-feira (12), Anselmo falou que existe a necessidade de colocar imediatamente uma gestão eficiente na forma tributária para cobrar mais dos cidadãos que têm condições de pagar e menos dos contribuintes que possuem menor poder aquisitivo.
“As pessoas pagam imposto pelo que produzem e têm. Essa é a regra do mundo. Não podemos tratar os desiguais na questão tributária de forma igual. A maioria dos condomínios horizontais de Goiânia hoje estão na terceira zona, que é uma que tem as menores alíquotas. A Câmara quer acabar com o problema de zonas fiscais, isso é velho, não existe. O pagamento de tributo é essencialmente subjetivo”, pontuou.
Questionado sobre a futura relação entre a Câmara Municipal e o prefeito Paulo Garcia, o vereador ressaltou que será “a melhor possível”. “Vamos abrir um canal de conversação. O que falta na prefeitura é um interlocutor aberto, afável com a Câmara”.
Eleição na Casa
O vereador Anselmo Pereira foi eleito nesta quinta-feira (11) como o novo presidente da Câmara de Goiânia por unanimidade, com 35 votos favoráveis. O vereador irá assumir o cargo em 1º de janeiro de 2015 e permanecerá até o fim de 2016.
Sobre a influência do governo estadual em sua eleição, o parlamentar explicou que ligou para o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e disse que era o único candidato da base marconista. “Era preocupação dele [de Marconi] que tivesse apenas um nome do PSDB. Fiz uma ligação a ele e disse que eu era o escolhido do PSDB”, afirmou Anselmo.
Sobre uma possível articulação do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, o vereador ressaltou que tem uma “obrigação administrativa” com o presidente. “De tanta pressão que eu fiz ao poder público, a Agetop assumiu a responsabilidade do DNIT e iluminou a BR-153. Como não fico devendo uma obrigação administrativa?”.
No entanto, Anselmo comentou que não houve qualquer conversação da parte de Jayme sobre as eleições da Câmara.
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