O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (30) que o país não vai parar e que aqueles que querem paralisá-lo não terão êxito.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o peemedebista fez um balanço da semana, ignorando denúncia apresentada contra ele pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção passiva.
“O Brasil está caminhando, apesar de alguns pretenderem parar nosso país. Não conseguirão”, disse.
Na gravação, o peemedebista tentou demonstrar otimismo, apesar de sua permanência no cargo estar em risco. Segundo ele, foram aprovadas “medidas importantes”, como a proposta de regularização fundiária e a redução da meta de inflação.
De acordo com ele, o país “continuará avançando” e “logo” o crescimento econômico será restabelecido, assim como a geração de emprego.
“A inflação vem caindo fortemente e vai continuar caindo cada vez mais, colocando o país ao lado das economias mais avançadas e modernas do mundo”, disse.
A partir da semana que vem, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) analisará a denúncia. Caso o plenário da Câmara não a barre e o STF (Supremo Tribunal Federal) a aceite, o presidente ficará afastado por até 180 dias.
O presidente mobiliza a base aliada a garantir quórum mínimo de segunda a sexta nas próximas duas semanas para conseguir votar denúncia contra ele na Câmara antes do início do recesso parlamentar, a partir de 18 de julho.
Pelo calendário esboçado pelo Palácio do Planalto, a defesa do peemedebista utilizaria no máximo três sessões para se pronunciar na CCJ, permitindo que já na quinta-feira (6) começasse o prazo de discussão e aprovação do parecer.
O esforço é que a votação em plenário ocorra no dia 13 ou 14 de julho. A ideia do presidente era tentar adiar o início do recesso parlamentar, mas a proposta tem encontrado resistência até mesmo na base aliada.
Para garantir a presença de deputados governistas nas segundas-feiras, o peemedebista convocará reuniões com líderes aliados nos domingos à noite, no Palácio da Alvorada.
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