Protestos de diferentes dimensões ocorreram, hoje (8), em frente a autarquias das capitais de província espanhola para denunciar o que dizem ser a “mutilação” da Espanha, pretendido pelos que apoiam a consulta sobre a independência da Catalunha.
As concentrações, que aconteceram de forma simultânea, foram convocadas pelo movimento “Livres e Iguais”, por meio das redes sociais. Em cada um dos protestos foi lido o mesmo manifesto em defesa da Constituição e da unidade da Espanha e exigindo ao governo espanhol “firmeza” na defesa da cidadania comum de todos os espanhóis.
Saiba Mais Governo da Espanha quer suspender consulta sobre independência da Catalunha Numa referência à consulta independentista de domingo, na Catalunha, o texto denuncia o que diz ser um “ato simulado de democracia” que “mutila” os direitos políticos dos cidadãos. “Queremos denunciar alto e claro este atropelo. Queremos continuar a compartilhar com todos os cidadãos espanhóis a nossa soberania”, diz o texto.
Em Barcelona, a concentração ocorreu na Praça Sant Jaume, partilhada pelo Palau da Generalitat e pela autarquia, tendo participado representantes de várias forças contra a consulta, nomeadamente o Partido Popular (PP), Ciutadans (Cs), União Progresso e Democracia (UPyD) e o recém-criado VOX.
Albert Rivera, líder dos Cs, advertiu, durante o protesto, que não se pode “rasgar e pisar” a Constituição. Em Madrid, cerca de 200 pessoas se reuniram na Praça Cibeles, em frente à autarquia. Um dos participantes foi o Prémio Nobel, Mario Vargas Llosa, além de vários dirigentes políticos.
Para Vargas Llosa a consulta é “um atropelo” e uma “violação” da lei, que requer uma resposta da sociedade civil em defesa da unidade da Espanha, da democracia e da legalidade, algo que “está em perigo”. As concentrações ocorreram sem qualquer problema, apesar de alguma tensão em Barcelona.
Quando o protesto estava terminando chegou à praça um grupo de pessoas com bandeiras bascas e catalãs, que viajou do País Basco para apoiar a consulta. Houve troca de insultos e alguns empurrões levaram agentes da polícia regional (Mossos d’Esquadra) a criarem um cordão entre os dois grupos, que dispersaram sem mais incidentes.
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