12 de setembro de 2024
ESTRATÉGIA • atualizado em 20/03/2024 às 13:04

Na primeira quinzena de abril, 144 médicos do Detran Goiás devem perder o credenciamento

Detran-GO prepara estratégias para evitar o déficit de profissionais que realizam exames obrigatórios no processo da CNH

O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) busca evitar a falta de médicos para a realização de exames obrigatórios para processos de habilitação, renovação e/ou mudança de categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De acordo com a lei que reformou o Código Brasileiro de Trânsito, 144 médicos devem perder o credenciamento ainda na primeira quinzena de abril.

De acordo com o Código, alterado em 2020, para se credenciar como médico de trânsito é necessário que o profissional tenha título de especialização em medicina de tráfego. O prazo era de três anos para adequação, oferecendo prerrogativa de regularização apenas por meio da prova de título para os já credenciados.

Segundo o presidente do Detran Goiás, Delegado Waldir, para o Diário de Goiás (DG), a maior preocupação vem das cidades do interior goiano. “Temos situações gravíssimas, por exemplo, em Pirenópolis, Ipameri, Piranhas ou Petrolina. Então, nós temos diversas cidades que podem deixar de ter médicos na cidade para fazer o exame para a CNH, que é indispensável, é a fase inicial”, afirmou.

Em Goiás são 498 médicos credenciados, que realizam de 45 mil a 50 mil exames mensais, mas até o momento, pelo menos 144 médicos não apresentaram o título de especialização. “Infelizmente, por displicência desses médicos que foram devidamente notificados pelo Detran, pelo Conselho Regional de Medicina, até o momento não apresentaram esse documento indispensável para sua atuação profissional como credenciado”, diz.

Nova oportunidade

Para os profissionais já credenciados que ainda não regularizaram a situação, o Detran-GO oferece uma nova oportunidade, sendo mais 90 dias para a prova de título de especialização. Segundo o presidente do órgão, Delegado Waldir, a maior preocupação é acerca da continuidade do serviço.

“O descredenciamento desses profissionais vai deixar alguns municípios sem médicos ou com número insuficiente para a atender a demanda”, afirmou.

Uma outra estratégia que está sendo preparada pelo Detran-GO é a implantação do atendimento itinerante até a regularização plena da situação, ou seja, caso não haja profissionais ou o número foi insuficiente, a oportunidade para credenciados que residem próximo será ofertada.

“Se a gente não conseguir esse atendimento itinerante, pensa só, um cidadão que está fazendo a CNH lá de Piranhas, pegar um ônibus ou pegar um carro, deslocar para Goiânia, ir e voltar, hospedagem, despesa, então cria uma grande dificuldade. Então, o Detran está preocupado com essas pessoas”, relata para o DG.


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