Após publicação do novo decreto da Prefeitura de Goiânia, que permite o funcionamento de bares e restaurantes das 11h até 1 hora da manhã, com lotação máxima de 50% da capacidade de pessoas sentadas, além da autorização de música ao vivo com no máximo quatro pessoas se apresentando, desde que o critério de 2,25 m² por integrante seja respeitado, o secretário geral da Ordem dos Músicos do Brasil – Seção Goiás (OMB-GO), Sirlon Ramos, alegou enxergar um avanço para a categoria. No entanto, o desejo é de que mais músicos possam atuar.
Em entrevista ao Diário de Goiás, Sirlon afirmou que a flexibilização é resultado do diálogo com a atual gestão da Prefeitura de Goiânia, levando em consideração o longo período em que a classe permaneceu sem se apresentar ao vivo em estabelecimentos goianos, porém infelizmente ainda não atende a todos os profissionais. “Isso vai realmente viabilizar, vai atender um pouco mais a nossa classe, porque o decreto tinha sido flexibilizado para dois músicos e a gente realmente entendeu que ainda não atendia uma carga satisfatória da nossa categoria, atenderia só 30% da nossa classe. Então continuaríamos sendo prejudicados. E a gente vê com essa flexibilização dos quatro músicos, que a gente vai poder atender 80% da nossa categoria, vai poder voltar a trabalhar”, disse.
O secretário geral da OMB-GO explicou que o desejo é de que seja utilizado o critério de capacidade de 50%, também, com relação aos palcos. “Como a capacidade está sendo limitada em 50%, nada mais justo, também, no palco essa capacidade também ser respeitada. Se o palco comportar só quatro músicos, a gente trabalha com dois. Se o palco comportar o espaço físico para dez músicos, que possa pelo menos trabalhar cinco. Porque aí nós estaríamos alinhados com o decreto no quesito de que a casa que entrega dez músicos de atração por dia, ela também respeitaria a capacidade e pelo menos cinco músicos poderiam atuar nessa casa. Então, realmente nós estaríamos caminhando alinhados com o decreto”, ponderou.
Sirlon ressaltou que a luta vai continuar, para que nenhum profissional continue prejudicado durante o período de pandemia da Covid-19 em Goiânia. “A gente fica feliz com essa vitória, mas a gente vai em busca de conversar e tecnicamente mostrar que dá para a gente trabalhar em segurança e a nossa classe 100% voltar a trabalhar, ser menos prejudicada”, disse. “Porque o normal seria quatro músicos, desde que a dupla não seja contada, por exemplo, tem uma dupla, a gente queria que tocasse bateria, baixo, guitarra e acordeon, por exemplo. Isso atenderia perfeitamente. E a gente acha que nas casas de show, nos bares que têm essa estrutura física de comportar, respeitando o limite de 2,25, igual cita o decreto”, completou.
O secretário destacou, ainda, o estudo realizado para definir as flexibilizações, com a ressalva de que o decreto, assim como os protocolos sanitários, continuarão sendo respeitados pela categoria. “Nós queremos trabalhar com segurança, respeitando não só a questão do distanciamento social, quanto a questão do decreto. Nós estamos aqui para atender o decreto, porque nós entendemos que a saúde pública está em primeiro lugar. Então, baseado nisso, agora, eu consigo entender que foi feito realmente um estudo, que eles viram a nossa necessidade e viram também que a incoerência que estava tendo no decreto está sendo corrigida”, declarou Sirlon.
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