23 de dezembro de 2024
Política

Mundo político repercute revelação de Janot sobre desejo de matar Gilmar Mendes

Foto: STF
Foto: STF

Vários políticos e autoridades comentaram a revelação do ex-Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, a vários jornais do país, de que planejou matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Os petistas foram os mais ativos e relacionaram as declarações de Janot à prisão de Lula. “Cada vez mais os fatos revelam o quanto as instituições estão reféns do jogo de poder, das disputas corporativas, interesses pessoais. Lula tem sido a grande vítima desse sistema#LulaLivre”, escreveu no Twitter a deputada federal e presidente da sigla, Gleisi Hoffmann.

Deputado federal e filho do ex-ministro José Dirceu, Zeca Dirceu (PT) também criticou o ex-PGR. “Totalmente irresponsável (sic) as declarações do Ex PGR #Janot. Anunciar que chegou perto de #assassinar um ministro do #STF, só fará com que mentes insanas espalhadas Brasil a fora, comecem a cogitar realmente atitudes desta natureza. Juristas, legalistas, democráticos devem reagir”, destacou.

Por outro lado, a deputada federal Carla Zambelli (PSL), defendeu Janot. “Minha solidariedade ao ex PGR. @gilmarmendes sempre teve pouco escrúpulo”, disse a parlamentar paulista no Twitter.

No Ministério Público, de acordo com reportagem publicada pela BBC, o tom foi de reprovação total à atitude de Janot. Fontes ouvidas pelo jornal britânico utilizaram palavras como “reprovável”, “lamentável” e “desnecessário”. Alguns acusaram o ex-procurador de utilizar a declaração para vender livros, em referência ao lançamento da obra “Nada Menos que Tudo”, de autoria de Janot.

Revelação bombástica

Em entrevista a vários jornais, o ex-PGR Rodrigo Janot revelou que, em 11 de maio de 2017, foi a uma sessão do STF disposto a assassinar Gilmar Mendes. O plano, conforme contou à Veja, era da um tiro na cabeça do ministro e depois se matar. A cerca de dois metros de Mendes, numa sala em que os ministros se reúnem antes de ir ao plenário, o então chefe do Ministério Público sacou uma pistola que estava escondida sob a beca e engatilhou.

Na entrevista à Veja, Janot contou que daria um tiro para então se matar. A motivação, conforme descreve, seria “insinuações maldosas contra a minha filha”.

Num livro que lançará na próxima semana, o procurador descreve os acontecimentos do que poderia ter sido mais um fato trágico.“Num dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha. Só não houve o gesto extremo porque, no instante decisivo, a mão invisível do bom senso tocou meu ombro e disse: não”


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