Thaís Maia Silva e Raquel Policena Rosa, investigadas pelo esquema de bioplastia ilegal, formavam grupos nas redes sociais e ofereciam bônus por novas clientes
30 vítimas já foram identificadas. Mas segundo reportagem do jornal O Popular, há informações de que Thaís teria atuado durante dez anos, em diferentes cidades brasileiras. Com isso, a polícia acredita na existência de até milhares de vítimas das aplicações.
De acordo com a Polícia Civil, as mulheres divulgavam o procedimento com a promessa de um “bumbum perfeito” de forma rápida e fácil e faziam os atendimentos em grupos. Raquel, investigada pela morte de Maria José Medrado, após a aplicação de suposto hidrogel no glúteos, prometia o tratamento e retoques de graça para quem indicasse novas pessoas.
Ao menos 13 mulheres prestaram depoimentos em Goiânia. Todas elas alegaram complicações após a aplicação. A maioria delas também afirmou que ficou sabendo do tratamento de bioplastia no grupo Tudo por Elas, do Facebook, onde era feita a divulgação.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Myriam Vidal, Raquel cobrava cerca de R$ 1.500,00 pelo retoque, mas prometia fazer a nova aplicação de graça para quem indicasse de três a cinco clientes para ela. Para Myriam, por isso as mulheres seguiam divulgando a técnica, e o número de indicações também varia nos depoimentos.
Ainda de acordo com a delegada, muitas mulheres estão chateadas com as outras pela indicação do tratamento, mas todas são vítimas do esquema.
Suspeitas
Raquel Policena Rosa, que está sendo investigada pela morte de Maria José Medrado, teve prisão preventiva decretada na última quinta-feira. Segundo a delegada Myriam vidal, ela prometeu novas aplicações as clientes insatisfeitas depois que a mídia saísse de cima do caso. Raquel foi presa em Catalão e trazida para o 14º DP de Goiânia, onde ela deve prestar depoimento hoje.
Também é esperado para hoje o depoimento de Thaís Maia, que se apresentava como médica no Rio de Janeiro e teria ensinado o procedimento para Raquel.
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