22 de novembro de 2024
Economia

Mulheres empreendedoras já receberam R$ 27 milhões em crédito da GoiásFomento durante a pandemia

Nathália Vicente Prado é umas das empreendedoras beneficiadas, retirou R$ 60 mil para garantir manutenção de seu negócio durante pandemia por meio do comércio eletrônico. (Foto: Divulgação)
Nathália Vicente Prado é umas das empreendedoras beneficiadas, retirou R$ 60 mil para garantir manutenção de seu negócio durante pandemia por meio do comércio eletrônico. (Foto: Divulgação)

A GoiásFomento liberou R$ 27,84 milhões entre março e outubro deste ano para mulheres empreendedoras. Segundo a agência, o valor é 139% maior do que o liberado para o público feminino no mesmo período do ano passado.

Os recursos são aportados por meio do programa Mulher Empreendedora, iniciativa voltada para a promoção de emprego e renda, por meio de linhas de crédito com as menores taxas de juro do mercado.

O programa foi iniciado em março, mês da mulher. A iniciativa incluiu linhas de crédito especiais voltadas para o empreendedorismo feminino.
Do início da ação para cá, o público feminino passou a representar 46,6% dos clientes da GoiásFomento, de março a 31 de outubro, quando chegou ao fim o Programa Mulher Empreendedora.

Nesse período, a agência liberou R$ 27,84 milhões para empresas com mulheres na administração. Os números são bem superiores aos de 2019, quando, no mesmo período, foram liberados para elas R$ 11,67 milhões em operações de crédito.

Neste ano, a maioria do volume emprestado pela GoiásFomento é para microempresas. Foram beneficiadas no total 492 empresas administradas por mulheres. O resultado dessa ação do Governo de Goiás contribuiu para a geração ou manutenção de 2.076 empregos.

Capital de giro

“Como a gente é pequeno, não tem capital de giro. Você movimenta com o recurso que consegue na semana. Vendia na feira no fim de semana para pegar o dinheiro, pagar funcionários e comprar os insumos e continuar produzindo.” O depoimento é de Nathália Vicente Prado, uma das empreendedoras beneficiadas. Com o valor de R$ 60 mil conseguiu uma conquista importante para sobrevivência de todo negócio: ter capital de giro.

Ela trabalha com uma marca de roupa feminina infantil há três anos e, em março, se viu diante das enormes dificuldades da pandemia e as limitações do trabalho presencial. As quedas caíram significativamente. Pela primeira vez, pegou um empréstimo junto à agência de fomento para pagar contas e migrar de vez para o comércio eletrônico. “Esse dinheiro vem para colocar minhas contas em dia e para ter capital de giro. Na verdade, nunca tive. Agora, vou ter. Servirá para comprar insumo e ampliar meu negócio”, conta Nathália.

Segundo o governador Ronaldo Caiado, os incentivos da GoiásFomento são importantes porque são uma política pública de geração de emprego. Ele destaca que a mulher tem o dom para inovar, com ideias e talentos diferentes. “Está vestida de um desafio especial: ser referência no que faz. E com muito cuidado e dedicação. A mulher, cada vez mais, mostra sua capacidade de gerenciar, de ter transparência em todas as ações praticadas e com a competência que lhes acompanha”, reforça.

Atualmente, a agência trabalha com várias linhas de crédito, entre elas, CredFomento, Crédito Produtivo, FCO, Turismo, entre outras, com juros a partir de 5% ao ano mais Selic e prazos de pagamento que variam de 36 até 240 meses, a depender da modalidade. O período de carência pode variar de seis até 60 meses.

A empreendedora Nathália Vicente vai começar a pagar o empréstimo só no final de 2021, parcelado em 36 vezes. “Vou poder investir nesse prazo que tenho de carência e fazer com que isso gere recurso para poder pagar o empréstimo. Isso pra mim é excepcional”, comenta.


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