A juíza Wanessa Rezende Fuso Brom decretou nesta quinta-feira (11) a prisão preventiva de Márcia Zaccarelli Bersaneti, após ter confessado ter matado e ocultado o corpo da própria filha por cinco anos dentro de uma caixa colocada no escaninho do prédio em que morava.
“Se trata de uma imputação gravíssima, de repercussão social, e as circunstâncias até agora apuradas – modo de agir e execução – são suficientes para demonstrar a real periculosidade da indicada. É necessário, pois, uma postura mais rigorosa da Justiça em casos como o presente”, afirmou a magistrada.
Na decisão, a juíza Wanessa Brom ressaltou que a investigação continuará, uma vez que a suspeita citou terceiros durante depoimento, “em alusão a possíveis coautores, o que ainda se encontra pendente de esclarecimentos por parte da autoridade policial”.
Por fim, para a magistrada, a “liberdade da autuada, neste momento, poderá, certamente, atrapalhar o decorrer da investigação e da instrução criminal”.
O caso
Uma mulher foi presa suspeita de ter matado e ocultado o corpo de um bebê que foi colocado no escaninho de um apartamento no Setor Bueno, em Goiânia. O Instituto Médico Legal (IML) e a Perícia concluíram que se tratava de um recém-nascido, do sexo feminino e que estava já em estado de decomposição avançado.
A suspeita pela morte do bebê e a ocultação do cadável foi identificada pela polícia civil apenas como Márcia. Ela confessou à Delegada Ana Claudia Rodrigues, que matou a criança por asfixia, por conta da gravidez ser de um relacionamento extraconjugal. A mulher era casada e seu marido era vasectomizado, portanto não teria como acreditar ser o pai da criança.
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