22 de dezembro de 2024
Tendência arriscada

Mudança de cor dos olhos: confira os riscos do procedimento de pigmentação das córneas

O método é considerado de alto risco e seu resultado é irreversível. Na maioria dos casos, é recomendado somente para pacientes cegos para recuperar a cor de um olho normal
Foto: Reprodução
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Após vídeo de brasileira que mudou a cor dos olhos de castanhos para verdes com procedimento estético viralizar nas redes sociais, a discussão sobre os riscos da prática veio à tona. O viral sobre a prática realizada na Suíça alcançou mais de 14 milhões de visualizações no início de 2024. De acordo com médicos, a pigmentação dos olhos é uma intervenção cirúrgia irreversível considerada de alto risco.

Conforme o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) o clareamento da cor dos olhos trata-se de uma tatuagem da córnea, chamada de ceratopigmentação. O CBO fez um alerta e chamou a atenção dos internautas informando sobre os riscos da intervenção em olhos saudáveis: lesões na córnea, perfuração do olho, infecções graves e aumento da pressão ocular.

De acordo com o Conselho de Oftalmologia, o procedimento é indicado para raros casos, como por exemplo, para pacientes com cegueira permanente ou baixa visão extrema. Nessas situações, a pigmentação é utilizada para recuperar a cor natural do olho, comumente afetado por manchas brancas, tentanto trazer uma aparência de olho normal.

Procedimento e possíveis complicações

A ceratopigmentação, responsável pela mudança da cor dos olhos, utiliza uma técnica cirúrgica para implantar micropigmentos de diferentes cores nas camadas mais internas da córnea, de modo semelhante a uma tatuagem.

De acordo com especialistas, alguns pacientes que já fizeram o procedimento para mudança de cor dos olhos alegaram dificuldade para enxergar, aversão à luz, dores e ardência, sensação de areia e lacrimejamento persistente. Estas situações podem resultar, ainda, em redução da visão e evoluir para cegueira permanente.

No Brasil, o uso da ceratopigmentação para fins estéticos é desaconselhado pelo CBO em pacientes saudáveis. Segundo o conselho, o procedimento é recomendado exclusivamente para pessoas que perderam a visão e pode ser realizado apenas quando a córnea já está comprometida. O Conselho Federal de Medicina (CFM) também não autoriza o uso da técnica com essa finalidade.

Com informações da Agência Brasil


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