28 de agosto de 2024
Política

Mudança da data para eleição da Mesa Diretora gera debates na Câmara Municipal de Goiânia

(Foto: Câmara Municipal de Goiânia)
(Foto: Câmara Municipal de Goiânia)

O vereador Carlin Café (PPS) apresentou na sessão desta quinta-feira (1°) o projeto de resolução que muda para 1° de fevereiro do próximo ano a eleição para a escolha da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia. De acordo com o Regimento Interno da Casa, a escolha da nova mesa é feita na última sessão ordinário do ano, em 2018, no dia 27 de dezembro, e a posse do novo presidente em 1° de janeiro.

Carlin Café quer prorrogar o prazo para os cinco suplentes (Alfredo Bambu, que vai ocupar a vaga de Jorge Kajuru, eleito para o Senado; Denício Trindade, no lugar de Alysson Lima, eleito deputado estadual; Dr. Gian, vaga de Elias Vaz, eleito deputado federal; Álvaro do Universo, no lugar de Eduardo Prado, eleito deputado estadual e Divino Rodrigues, no lugar de Vinícius Cirqueira, deputado estadual) possam participar da votação. O projeto não teve apoio dos outros vereadores.

“Como eu me elejo a deputado estadual, deputado federal ou senador e vou eleger o presidente e a Mesa Diretora da Câmara Municipal, da qual não farei parte mais durante os dois últimos anos, e vou escolher os destinos dos suplentes que serão legitimados naquele mandato por uma questão de um mês? Em minha maneira de pensar, isso não é moral. Eu vou assumir na Assembleia e vou concordar que o deputado que está saindo vai eleger o meu presidente, o presidente da CCJ, das comissões mais importantes dessa Casa, o destino de uma capital, como Goiânia?”, disse o vereador Carlin Café, em entrevista à Rádio Bons Ventos.

“Eu nunca procurei o prefeito para tratar desse assunto. Eu nunca procurei o presidente da Casa para tratar desse assunto. Eu fui candidato cinco vezes, demorei quase 30 anos para conseguir esse mandato. Então, mais um exemplo: nunca procurei porque eu já fui suplente, eu passei por isso. O que esses suplentes estão passando por isso agora, eu passei várias vezes. Como vou concordar, sendo suplente, que alguém possa dizer o que eu tenho que fazer? Que trabalho vou mostrar à população se eu não pude escolher o presidente da Casa, se eu não pude escolher um presidente de Comissão importante como a CCJ? Como esses parlamentares, que vão agora tomar posse em seus novos cargos, vão decidir. Ele pode ser candidato à presidência da Casa, da CCJ. Que incoerência é essa se ele não estará lá? “, completou o parlamentar.

Ainda de acordo com Carlin Café, essa é uma discussão pertinente e que deve ser passada inclusive pela sociedade. De acordo com ele, “se você pode mudar a Constituição, como não mudar uma coisa tão simples como o regimento de uma Casa? Basta querer”, ressaltou.

O vereador Vinícius Cirqueira, Pros, também apresentou  um projeto de resolução que altera o Regimento Interno da Casa em que a eleição seja realizada em 1º de dezembro deste ano. Na proposta, que recebeu o apoio de 16 vereadores, Vinícius quer também criar uma Comissão Especial de Transição, composta por membros da Mesa atual os da Mesa eleita. “Nesse caso”, diz ele, “essa Comissão vai permitir o compartilhamento de informações entre o ex e o futuro presidente da Casa, para dar conhecimento ao novo presidente dos contratos, andamentos dos projetos e outras iniciativas administrativas do antigo comando do Poder Legislativo”.

As propostas de Carlin Café e Vinícius Cirqueira serão encaminhadas pelo presidente da Câmara, Andrey Azeredo, MDB, pela Procuradoria Geral da Casa ou Comissão Mista.


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