16 de dezembro de 2024
Recursos

MPT redireciona R& 3,2 milhões para Comurg: “Estamos resolvendo o problema”, diz presidente da Companhia

Segundo o presidente da companhia a dívida hoje ultrapassa a R$ 1 bilhão
Recursos serão utilizados para estrutura da companhia, segundo o presidente. (Foto: Divulgação)
Recursos serão utilizados para estrutura da companhia, segundo o presidente. (Foto: Divulgação)

Em meio aos impasses que a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) vem enfrentando, um acordo feito com o Ministério Público do Trabalho (MPT), pode ser o início da solução que envolve dívidas que ultrapassam a R$ 1 bilhão.

De acordo com o presidente da Companhia, Alisson Silva Borges, foi assinado um acordo no valor de R$ 3,2 milhões para que multas de gestões passadas que não cumpriram o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público de Goiás (MPGO), sejam revertidas para a empresa.

“Estávamos tendo que pagar essa multa. Pedimos ao MPT que fosse revertida para a empresa em benefícios aos servidores da Comurg. Temos trabalhado semana a semana para resolver o problema da Comurg, e graças a conversa que tivemos, o MPT muito sensível nos proporcionou essa verba ser redirecionada em melhorias na estrutura”, afirma o presidente da Companhia durante inauguração da Praça Ítalo Peixoto, no Setor Sul, na manhã desta quarta-feira (24).

Em tom de elogio ao prefeito Rogério Cruz, Alisson Silva destaca que o problema da Comurg está sendo resolvido. “Prefeito, precisamos fazer justiça ao senhor. Na Comurg e nas gestões, eles apreenderam a jogar a responsabilidade para o próximo gestor, aí a diferença de Rogério Cruz, quando diz: eu não faço gestão de problemas , eu resolvo problemas”, argumenta o presidente da Comurg.

Alisson Silva lembra que o problema será resolvido “momentaneamente”. Segundo ele, a Companhia tem hoje uma dívida que chega a mais de R$ 1,5 bilhão em execuções fiscais d trabalhistas.

“Um emaranhado de processos que ao longo dos tempos ao longo de outras gestões deixou a Comurg onde ela está”, afirma o presidente.

Problema antigo

Ainda de acordo com Alisson Silva, o problema que envolve o financeiro da Comurg é algo antigo que vem desde gestões passadas. Segundo ele, em 1974 quando a companhia foi criada, serviu para que a gestão à época, fizesse empréstimos em bancos.

De acordo com Alisson na ocasião a classificação da prefeitura de Goiânia não permitia que ela fizesse empréstimos em bancos internacionais e nacionais. Assim, a orientação na época, foi que a prefeitura criasse uma empresa com CNPJ limpo para conseguir a liberação do empréstimo.

“Mais grave do que não ter sido integrado o capital social da Comurg na época, que chega a quase R$ 33 milhões, a Comurg foi criada única e exclusivamente para que o prefeito fizesse empréstimo na época”, afirma Alisson Silva.

Segundo Alisson, quando a companhia entrou em operação no ano de 1979, além de não ter tido seu capital social integralizado, ela já devia um empréstimo há cinco anos.


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