11 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:48

MPF pede que prisão de Nuzman seja prolongada por tempo indeterminado

O MPF-RJ (Ministério Público Federal do Estado do Rio de Janeiro) pediu nesta segunda-feira (9) ao juiz federal Marcelo da Costa Bretas que a prisão provisória de Carlos Arthur Nuzman seja convertida em preventiva.

Preso desde quinta (5), Nuzman deveria deixar o cárcere ainda nesta segunda.

Assim, o dirigente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que pediu afastamento da presidência da entidade, ficaria preso em Benfica por prazo indeterminado.

O mesmo pedido vale para o seu braço-direito, o ex-diretor de operações do Comitê Rio-2016 Leonardo Gryner.

Ao mesmo tempo, a defesa de Nuzman aguarda para esta segunda-feira a resposta do desembargador federal Abel Federal a respeito de um pedido de habeas corpus impetrado no último sábado (7).

A vara só abriu às 12h, o que postergou a decisão. A favor dele, o fato de ter pedido afastamento não só da presidência do COB, mas também do Comitê Rio-2016.

Nuzman foi preso em casa na última quinta-feira, durante a segunda fase da Operação “Unfair Play”. No pedido de prisão provisória, os procuradores federais apontaram que o dirigente do COB vinha tentando atrapalhar as investigações.

Argumentaram, para isso, que ele declarou à Receita Federal a posse de 16 quilos de ouro em barras só depois de policias federais colherem em sua casa a chave do cofre onde o ouro estaria guardado na Suíça.

A defesa de Nuzman argumenta, porém, que a retificação do Imposto de Renda foi feita dentro da lei e ressalta que Nuzman, como presidente do Rio-2016, não tinha poder de decisão. Qualquer contratação acima de R$ 300 mil como as citadas na denúncia precisava ser aprovada por um Conselho Diretor.

Nuzman tentou pagar o escritório de advocacia que o defende, o Nélio Machado Advogados, com recursos Comitê Rio-2016.

A conta de R$ 5,5 milhões foi apresentada ao Conselho Diretor há cerca de duas semanas e rejeitada. Ou seja: segundo a assessoria de imprensa do comitê, este não aceitou pagar a contar, que ficou a cargo do próprio Nuzman.

Sair ou não da cadeia antes desta quarta-feira (11) pode ser decisivo para o futuro político de Nuzman, que na última sexta (6) apresentou um pedido de afastamento do COB.

Nesta quarta, a assembleia do COB se reúne no Rio para acatar o pedido, que pode se tornar um afastamento definitivo.

Paulo Wanderley, eleito vice-presidente em chapa conjunta no ano passado, já assumiu o COB de forma provisória e dá indícios de querer se manter no cargo sem o risco de um retorno de Nuzman. (Folhapress)

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