O Ministério Público Federal (MPF) pediu, por meio de uma medida cautelar, nesta terça-feira (15/11), o afastamento de 90 dias do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, com base em suposto ato de improbidade administrativa.
Vasques fez “uso indevido do cargo, com desvio de finalidade, bem como de símbolos e imagem da Polícia Rodoviária Federal com o objetivo de favorecer o candidato à reeleição de Jair Messias Bolsonaro para o cargo de Presidente da República”, segundo consta no pedido do MPF.
“É notório que após o anúncio do resultado das eleições, instalou-se no país um clima de instabilidade o qual demandou a atuação imediata de vários órgãos. Não se pode afastar, de plano, que as manifestas preferências do requerido tenham influenciado e possam vir influenciar a condução das ações da PRF durante este momento de crise”, diz um outro trecho, em referência aos protestos em rodovias.
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O MPF menciona publicações do diretor-geral da PRF nas redes sociais, como uma realizada na véspera do segundo turno. “Em 29 de outubro de 2022, sábado a noite e data anterior à realização do segundo turno das eleições, o requerido postou um stories de sua conta pessoal no Instagram, pedindo explicitamente voto para o presidente da República e candidato à reeleição Jair Messias Bolsonaro.”