22 de novembro de 2024
Política

MPF denuncia Perillo por corrupção e lavagem de dinheiro

Foto: Arquivo DG
Foto: Arquivo DG

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) denunciou o ex-governador Marconi Perillo por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No documento, o órgão também pede que sejam devolvidos R$ 17,8 milhões aos cofres públicos. A ação é resultado da operação Cash Delivery.

O documento é assinado pelo procurador da República Helio Telho Corrêa Filho e foi concluído na última segunda-feira (17), mas divulgado apenas na manhã desta sexta-feira (21). Mais quatro pessoas são denunciadas pelo MPF, sendo elas: Jayme Eduardo Rincó,  ex-presidente da Agência Goiana de Transporte e Obras; Márcio Garcia Moura, motorista de Rincón; Pablo Rogério de Oliveira, advogado e Carlos Alberto Pacheco Júnior,  empresário, todos por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ambos  envolvidos respondem ao processo em liberdade.

Cash Delivery

A Polícia Federal investigou repasses indevidos para agentes públicos em Goiás, com base nas delações premiadas de executivos da Odebrecht. A Operação Cash Delivery foi realizada em 28 de setembro de 2018 e resultou na prisão de cinco pessoas. Após 12 dias, o ex-governador Marconi Perillo que concorria ao cargo de senador foi preso ao prestar depoimento em 10 de outubro, na sede da Polícia Federal.

Perillo era apontado como o chefe do esquema. Porém, foi solto no dia seguinte. Escutas policiais presentes no inquérito da Operação Cash Delivery mostram um diálogo que, segundo a corporação, revela a entrega de R$ 1,2 milhão em propina da Odebrecht para campanhas de Perillo em 2010 e 2014.

Ao solicitar os valores para suas campanhas, Marconi se mostrava favorável às demandas da Odebrecht em Goiás, como na construção do VLT, que não saiu do papel, além de obras de esgoto no Entorno do Distrito Federal.

 

*Com informações do portal G1.


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