Nesta segunda-feira (17) O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco) do Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra oito pessoas integrantes de uma organização criminosa conhecida como “novo cangaço”. Oito pessoas são suspeita de explodir a agência do Banco do Brasil e Cavalcante. A ação aponta que além da destruição, o grupo, causou pânico na população do local. A ação é assinada pelos promotores de Justiça do Gaeco.
O fato aconteceu no dia 30 de junho de 2016, por volta faz 20h50. O grupo é suspeito de ter roubado o valor de R$ 640.979,50 na explosão. De acordo com as investigações o bando estava fortemente armado e sitiaram o municípios. Eles efetuaram disparais de arma de fogo em pontos estratégicos do local. Segundo a denúncia o objetivo dos tiros era inibir possível ação da polícia.
A ação foi sincronizada, apura a denúncia. Enquanto alguns dos suspeitos colocavam o explosivo no local, outros atiravam em frente ao banco e na praça central. Após toda a movimentação eles fugiram pela rodovia que liga Cavalcante a Alto Paraíso, ateou fogo e um dos veículos e fugiram para casa de um dos denunciados em Minaçu. Foram encontrado com eles estojos de munição calibre 30.
A denúncia apurou que o grupo já tinham praticado ações parecidas nas agências bancárias nas cidade de São Miguel do Araguaia e Santa do Araguaia (PA), além de explosão a um carro-forte na rodovia que liga as cidade de Campinaçu a Formoso.
Fui apurado que o armamento utilizado e os explosivos utilizados na ação, possui características idênticas a equipamentos utilizados em outros crimes. Por sua vez, são os mesmos roubados pelos acusados no município de Barro Alto, em 9 de outubro de 2015, e furtados no dia 30 de janeiro de 2025, em uma empresa na Zona Rural de Hidrolândia.
A Ação
A ação do grupo era estritamente calculado e organizada, cada um deles tinha uma função para realizar o crie. De acordo com os autos, o Daniel Xavier da Silva era quem liderava o grupo, junto com Luiz Lizete Domingues e Azenilto José da Costa.
Eles agiam de forma diferente e estrategicamente para cada tipo de crime. Nos roubos envolvendo agências bancárias, Luiz acompanhado de Azenilto, o explosivista, para dentro da agência e colocavam os explosivos. Quando os roubos envolviam o carro forte a ação era diferente. Luiz operava o fuzil antitanque, calibre 50, utilizado para fazer o veículo parar.
Luiz também era responsável por fazer a coordenação do grupo, cronometrar a ação e cuidar dos reféns. Já Wibon Desidério de Sousa ficava na parte de dentro das a gências operando armas longas. Wilbo também realizava o reconhecimento e levantamento de possíveis locais para serem roubados e também a fuga.
Welles Desidério de Sousa é irmão de Wilbon e integrava a organização criminosa. Rafael Marcelo de Souza é sobrinho de Azenilto e atuava na logística das ações. Em razão de não possuir passagens criminais, ele buscava e devolvia as armas e explosivos nos esconderijos, recebia e distribuía dinheiro nas contas dos envolvidos nas ações, comprava e cadastrava chips e aparelhos telefônicos.
Já Lucas Alcântara dos Santos de Souza era responsável pela fuga dos integrantes. Era ele também que queimava os veículos depois dos roubos e esconder os vestígios. Por fim, Hugo Sérgio Borges era o responsável pela base da organização.
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